segunda, 18 de novembro de 2024
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Parceria na BRICs é garantia para nações mais pobres, diz Pinato

Em discurso feito nesta quinta-feira (02/12) durante o Fórum sobre Intercâmbios Culturais e Pessoais dos BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) 2021, o deputado…

Em discurso feito nesta quinta-feira (02/12) durante o Fórum sobre Intercâmbios Culturais e Pessoais dos BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) 2021, o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP) reforçou que a parceria dos cincos países emergentes é a garantia de desenvolvimento nas nações mais pobres do planeta.
Segundo ele, presidente das Frentes Parlamentares Brasil-China e dos BRICS no Congresso Nacional, a ação conjunta do grupo multilateral é “absolutamente imprescindível” não apenas para os negócios das cinco nações que formam o organismo internacional, mas também para os povos brasileiros, russos, indianos, chineses e sul-africanos.
Na oportunidade, Pinato criticou a atual política externa do governo federal que privilegiou parcerias ideológicas em detrimento de parcerias culturais, econômicas e sociais com povos amigos das quatro nações que formam com o Brasil os BRICS. Ele destacou também que o Banco dos BRICS já realiza operações não apenas com os países fundadores do bloco. Como exemplo citou que a instituição financeira dos cinco países já opera em nações como Bangladesh, Emirados Árabes Unidos e Uruguai.
“[Os BRICS] garantiu que obras de mobilidade ecológica saíssem do papel, financiando, desse modo, o paradigma de geração de riqueza do futuro. Gostaria de manifestar, aliás, meu imenso orgulho por ter sido um dos principais articuladores em favor da abertura do escritório regional do banco no Brasil”, reforçou.
Abaixo segue a íntegra da fala que o deputado realizou no fórum.

Discurso
Como Presidente de duas frentes parlamentares do Congresso Nacional, Brasil-China e BRICS, gostaria de, preliminarmente, agradecer o convite para participar de tão relevante fórum. Me sinto, de fato, honrado.

De acordo com a ideologia pela qual alguns se norteiam, o mundo contemporâneo é fatalmente determinado pela impossibilidade de coexistência pacífica entre soberania nacional e multilateralismo. Contrariamente, penso que tal antagonismo é, em verdade, imaginário, anacrônico e infrutífero. Deve, portanto, ser afastado. Afirmo que é possível haver harmonia entre autodeterminação dos povos e cooperação multilateral.

O mundo não deve prescindir da boa vontade e da cooperação entre as nações. Como exemplo lapidar da importância de alianças globais, gostaria de mencionar a coordenação em prol da ciência e da preservação de vidas humanas, liderada pela Organização Mundial da Saúde, em plena pandemia da Covid-19.

Creio que a parceira estratégica entre as principais economias emergentes tem se mostrado notavelmente profícua. A parceria entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul já alcançou resultados excepcionais. Temos, no entanto, muito a avançar. Vislumbro excelentes oportunidades de cooperação entre nossas nações em setores como: telecomunicações (com o advento da tecnologia 5G), óleo e gás, infraestrutura, mineração, habitação e geração de energias renováveis.

O BRICS surgiu apenas como um acrônimo. Presentemente, trata-se de uma efetiva parceria estratégica de extrema relevância, detentora de abrangência sem precedentes na História mundial, considerando a vastidão dos territórios e o número de habitantes dos países integrantes.

No que tange ao financiamento de projetos que irão garantir o desenvolvimento sustentável em escala global, a consolidação do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco do BRICS, tem se mostrado uma conquista notável. Através do esforço conjunto, nossos povos viabilizam projetos com exitosos impactos sociais e ambientais.

A referida instituição garantiu, por exemplo, que obras de mobilidade ecológica saíssem do papel, financiando, desse modo, o paradigma de geração de riqueza do futuro. Gostaria de manifestar, aliás, meu imenso orgulho por ter sido um dos principais articuladores em favor da abertura do escritório regional do banco no Brasil.

A expansão do quadro de sócios do Novo Banco de Desenvolvimento, com o recente ingresso de Uruguai, Emirados Árabes Unidos e Bangladesh, é prova inequívoca de que a cooperação entre as economias emergentes é inexorável. Iremos crescer e prosperar juntos!

A despeito de amar meu Brasil, tenho profundo respeito e admiração pelos traços culturais peculiares aos demais países do BRICS. Penso que a diversidade não deve afastar os povos. Em vez disso, deve se constituir em laço de fraterna união. Essencialmente, sinto que a diversidade é fonte de preciosas riquezas materiais e imateriais. Sou um brasileiro patriota e, também, convicto entusiasta do multilateralismo.

Em parceria com os demais países que constituem o BRICS, almejo que o Brasil avance rumo à economia do futuro, se tornando referência no gradual processo de transição energética para fontes mais sustentáveis. Desejo, ainda, que no desafio de formar trabalhadores que estejam aptos a atuar em ecossistemas de negócios velozmente transformados por tecnologias de ponta, nossos governos cooperem em caráter estratégico.

O mundo contemporâneo, movido pela lógica da conectividade, demanda trabalhadores altamente qualificados, que consigam aliar habilidades técnicas e interpessoais. Nesse diapasão, a parceria entre governos e empresas, em favor da promoção constante da inovação tecnológica e, além disso, do treinamento dos profissionais para a economia do futuro, deve ser percebida como verdadeira bússola.

Por fim, gostaria de expressar, em nome do Congresso Nacional, que o Brasil considera a parceria do BRICS como sendo absolutamente imprescindível em sua jornada rumo ao inexorável desenvolvimento econômico sustentável.

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