quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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Para roubar carreta, ladrões disseram que ela pegava fogo

Os criminosos que roubaram a carreta perseguida por policiais pelas marginais Pinheiros e Tietê na manhã desta terça-feira fizeram o motorista acreditar que o veículo pegava fogo para fazê-lo parar….

Os criminosos que roubaram a carreta perseguida por policiais pelas marginais Pinheiros e Tietê na manhã desta terça-feira fizeram o motorista acreditar que o veículo pegava fogo para fazê-lo parar. O relato é de Idio Alves da Rosa, que dirigia o caminhão e foi rendido pelos criminosos.

Segundo ele, os ladrões o abordaram em dois carros na Rodovia Ayrton Senna, na chegada a São Paulo. “Passou um primeiro carro, me avisando que tinha fogo. Depois, passou outro e disse a mesma coisa.” Idio, então, resolveu parar. Procurou por problemas na carreta e não encontrou. Quando se preparava para voltar à estrada, a carreta foi fechada por um carro.

“Veio um de cada lado e mandaram a gente descer. Depois disseram que se soubessem que tinha o menino, não tinham pego a gente”, relata o caminhoneiro, referindo-se a Bruno, de 11 anos, que o acompanhava nesta viagem.

O menino é o único filho dos donos do caminhão. Com autorização dos pais, embarcou com Idio em Quatá, a 486 km de São Paulo, onde mora. “Ele queria conhecer São Paulo”, conta a mãe dele, Rita Vieira de Jesus Brugnago, de 36 anos. A carreta ia ser carregada em Diadema, na Grande São Paulo, e depois seguiria para Cuiabá. No caminho, Idio passaria de novo por Quatá, para deixar Bruno.

Idio não viu armas, mas entrou com o menino no carro. Ambos tiveram que ficar de olhos fechados. Eles foram levados para uma casa, que o caminhoneiro não soube dizer onde era. Ficaram presos no banheiro.

“Quando chegamos, eles liberaram um outro motorista, que havia sido pego às 4h”, contou. Idio e Bruno ficaram presos até por volta das 9h30, quando foram libertados pelos próprios criminosos e soltos na Rodovia Ayrton Senna.

A libertação das vítimas só aconteceu depois de negociações com a polícia. Durante a perseguição à carreta, um suspeito de fazer escolta para o veículo roubado foi preso. No carro dele, estavam três celulares. Por um dos aparelhos, o grupo tentou entrar em contato com o preso mas acabou falando com os policiais.

Segundo a polícia, os criminosos chegaram a oferecer, além da libertação das vítimas, R$ 40 mil para que o suspeito preso fosse solto. Os agentes contam que fingiram aceitar a proposta e assim conseguiram que Idio e Bruno fossem libertados primeiro. O suspeito de integrar o grupo de assaltantes segue preso.

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