segunda, 25 de novembro de 2024
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Papa pede fim da guerra a Putin em apelo incomum

Em vez da costumeira oração dominical do Angelus, o Papa Francisco dedicou o sermão na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano, deste domingo (02/10) à guerra na Ucrânia,…

Em vez da costumeira oração dominical do Angelus, o Papa Francisco dedicou o sermão na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano, deste domingo (02/10) à guerra na Ucrânia, iniciada no final de fevereiro deste ano. O pontífice também expressou preocupação com o risco de uma escalada nuclear no planeta.

Francisco exortou o presidente russo, Vladimir Putin, a encerrar a “espiral de violência e morte”, também para o bem do próprio povo russo. “Meu apelo se dirige, sobretudo, ao presidente da Federação Russa, suplicando a ele interromper, também por amor ao seu povo, essa espiral de violência e morte”, disse o líder da Igreja Católica, que enviou pela primeira vez uma mensagem ao chefe de Estado, embora não tenha citado o nome dele.

Na reflexão, Francisco convocou o mundo a recorrer a “instrumentos diplomáticos” para frear o “grave, devastador e ameaçador” conflito.

A última vez em que o papa fez declaração fora do protocolo foi em 2013, para pedir o fim dos combates na guerra civil da Síria.

O pontífice pediu também ao presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, que permaneça aberto a ofertas sérias de paz.

Preocupação com ameaça nuclear

“O que dizer do fato que a humanidade está novamente diante da ameaça atômica? É absurdo. O que mais deve acontecer? Quando sangue ainda deve ser derramado para que compreendamos que a guerra não é nunca a solução, mas sim a destruição”, disse o papa.

Da janela do Palácio Apostólico, Francisco confessou a “profunda dor” que causam a ele “os rios de sangue e lágrimas derramados nestes meses e as milhares de vítimas, em particular, as crianças”, assim como “tantas destruições que deixaram sem casa muitas pessoas e famílias”.

“Por favor, façamos respirar as jovens gerações o saudável ar da paz, não o contaminado pela guerra, que é uma loucura. Após sete meses de hostilidades, que se recorra a todos os instrumentos diplomáticos para fazer com que termine essa enorme tragédia”, disse Francisco.

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