No encerramento de um congresso sobre educação, o Papa Francisco participou, nesta quinta-feira (5), de uma videoconferência com crianças de quatro países, inclusive o Brasil.
“Não se pode mudar o mundo sem mudar a educação”. Um conceito que o Papa Francisco repete há muito tempo.
Para uma plateia de 260 pessoas, que contribuem para o programa Escolas, Francisco falou da importância da tecnologia na busca pela informação.
“O Papa no Brasil, na Jornada Mundial da Juventude, pediu que os jovens estudassem, não só para ter um diploma, mas para mudar.”, declarou José Maria Del Corral, coordenador do projeto.
O projeto Escolas foi lançado pelo Papa Francisco e vem da sua experiência, quando era cardeal, nas favelas de Buenos Aires. Ele quer usar a tecnologia para ajudar a integração social e a construir a sala de aula do futuro.
Com computadores ligados à internet, Francisco conversou com crianças com deficiência em vários lugares do mundo.
O brasileiro Pedro Santos Garcia, de 12 anos, se disse muito feliz em ver o Papa. Ele contou que, sem antebraço direito, a sua vida é limitada.
“Espero que a tecnologia me ajude a andar de bicicleta através de uma prótese que já está sendo feita. Também gosto de usar a tecnologia para jogar online com os meus amigos. Também meu esporte favorito é o futebol”, contou.
Francisco quis saber qual a posição dele em campo. “Eu gosto de jogar no gol”, disse o menino.
O Papa completa: “o que importa não é ganhar, mas jogar e estar juntos com os amigos”.
Alicia, uma espanhola, perguntou se ele sabe mexer com o computador.
“Quer que eu diga a verdade? Sou inútil com a máquina”, afirmou Francisco.
O menino indiano conheceu um computador só três anos atrás. “Sem nos comunicar, ficamos sozinhos”, disse Francisco. Pedro concordou. “Gostei da experiência até faria de novo se pudesse”, afirmou.