Depois de 17 anos, o Palmeiras voltará a disputar uma semifinal de Copa Libertadores. A classificação veio com a vitória por 2 a 0 nesta quarta (3), sobre o Colo-Colo (CHI), no Allianz Parque, repetindo o placar do jogo de ida.
Na semifinal, o clube, embalado pelos resultados tranquilos contra os chilenos e pela liderança recém-conquistada no Brasileiro, poderá reencontrar aquele que foi justamente seu algoz na última vez em que marcou presença nessa fase da competição.
O Boca Juniors (ARG), que nesta quinta (4) enfrenta o Cruzeiro, no Mineirão, com a vantagem de 2 a 0 na partida de ida, foi o responsável por eliminar o Palmeiras na semi da Libertadores de 2001. A vitória argentina veio nos pênaltis, depois de empates em 2 a 2 nos confrontos do Parque Antárctica e da Bombonera.
Um ano antes, o Boca sagrara-se campeão no Morumbi diante do Palmeiras, com outra vitória nas penalidades.
Era o Boca Juniors comandado por Carlos Bianchi, fora de campo, e por Juan Román Riquelme, dentro das quatro linhas. Uma equipe que impunha muito mais respeito que a de hoje, irregular no início do Campeonato Argentino (está em 5º lugar, mas perdeu há duas rodadas o clássico para o River Plate, em casa) e eliminada da Copa Argentina pelo Gimnasia y Esgrima (ARG).
O Palmeiras sabe disso. Não à toa foi à Bombonera neste ano, pela fase de grupos da Libertadores, e venceu por 2 a 0. Caso o Boca deixe sua vantagem ruir contra o Cruzeiro nesta quinta, a motivação do elenco palmeirense não deverá ser menor do que contra os argentinos.
Foi o time do técnico Mano Menezes que eliminou o Palmeiras da Copa do Brasil, na semifinal, com jogos quentes, especialmente a partida de volta, no Mineirão, que terminou com grande confusão entre atletas das duas equipes.
No último domingo (30), ambos se reencontraram no Pacaembu, pelo Brasileiro, com resquícios da briga que encerrou a classificação cruzeirense em Belo Horizonte.
O atacante palmeirense Deyverson mexeu com os ânimos dos jogadores do Cruzeiro ao fazer uma embaixadinha na lateral do campo durante a vitória por 3 a 1.
Deyverson ainda receberia uma trombada do zagueiro Manoel, críticas de Mano e conselhos do centroavante Fred. Prenúncio do clima que poderá cercar uma eventual semifinal da Libertadores, caso os mineiros consigam uma classificação heroica.
Nesta quarta, com gols de Dudu e Borja, agora artilheiro do torneio com 9 gols ao lado de Wilson Morelo, do Santa Fe (COL), que não joga mais a Libertadores, a equipe de Felipão confirmou a vaga.
Diante dos chilenos, o cenário foi bem distinto do vivido pelos alviverdes no duelo das oitavas de final, contra o Cerro Porteño (PAR). Na ocasião, os 2 a 0 conquistados no Paraguai quase não se sustentaram com a expulsão de Felipe Melo nos primeiros minutos de partida em São Paulo.
Contudo, mesmo com a derrota por 1 a 0, a equipe garantiu a classificação para enfrentar o Colo-Colo dos ex-palmeirenses Valdivia e Lucas Barrios, que pouco fizeram ao reencontrar a torcida alviverde.
PALMEIRAS
Weverton; Mayke, Antônio Carlos, Edu Dracena, Victor Luís; Bruno Henrique, Thiago Santos, Moisés; Dudu (Hyoran), Willian (Jean), Borja (Deyverson). T.: Luiz Felipe Scolari
COLO-COLO
Orión; Zaldivia, Barroso (Morales), Insaurralde; Opazo, Baeza (Campos), Carmona (Pinares), Pavez, Suazo; Valdivia, Barrios. T.: Héctor TapiaEstádio: Allianz Parque, em São PauloPúblico: 37.950 pagantesRenda: R$ 3.724.211,46Juiz: Wilmar Roldán (Colômbia)Cartões amarelos: Zaldivia (Colo-Colo)Gols: Dudu, aos 36min do primeiro tempo, e Borja, aos 7min do segundo tempo