Três campeonatos em andamento e nove partidas apenas no mês de agosto fizeram com que Luiz Felipe Scolari optasse por estrear, pela terceira vez, no comando do Palmeiras dosando as energias do elenco.
Neste domingo, 5, em Belo Horizonte, a equipe enfrentou o América-MG com o time quase reserva – apenas o goleiro Weverton e o meia Moisés, dos considerados titulares, começaram a partida, que terminou empatada em 0 a 0, no Independência, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.
A igualdade fez com que o Palmeiras chegasse aos 27 pontos, oito atrás do líder São Paulo, na sexta colocação. Já o América-MG chegou aos 21 e continua invicto sob o comando do técnico Adilson Batista, com duas vitórias e um empate.
Com um time pouco entrosado e com apenas um dia de treinamento, o Palmeiras fez uma partida apenas regular. Nos primeiros 45 minutos, a equipe se apresentou bem, teve duas ótimas chances para abrir o placar – entre elas um pênalti desperdiçado por Jean. Na segunda etapa, com duas alterações, Felipão não conseguiu evitar que o ritmo do time caísse, mesmo com um controle maior da posse de bola. Aí, foi a vez do América-MG ter boa oportunidade.
Agora, o Verdão se concentra na disputa da Copa Libertadores, sendo que na quinta-feira, 9, o desafio será contra o Cerro Porteño, no Paraguai, no jogo de ida das oitavas de final da competição. Já o América-MG voltará a jogar no sábado, 11, na Fonte Nova, contra o Bahia, pelo Brasileirão.
O jogo
A primeira boa chance de gol surgiu aos 15 minutos do primeiro tempo, quando o meia Hyoran recebeu passe de Lucas Lima na diagonal pela esquerda e bateu para o gol. O goleiro João Ricardo conseguiu espalmar, mas o rebote sobrou para Lucas Lima, que cruzou na área. A bola sobraria livre para Jean, mas Moisés entrou na frente, se antecipou, perdeu a passada e rolou para o mesmo Jean; mas, marcado, ele chutou em cima da marcação. Aos 20 foi a vez do América-MG assustar. Gerson Magrão recebeu bom passe dentro da área e bateu firme para excelente defesa de Weverton.
Três minutos depois, a melhor chance do jogo surgiu em jogada do meia Moisés. Ele entrou na área pela esquerda e acabou sendo derrubado pelo zagueiro Matheus Ferraz, em falta dentro da área. Se no meio de semana o time tinha perdido uma penalidade contra o Bahia, pela Copa do Brasil, com Bruno Henrique, agora foi a vez de Jean desperdiçar a chance. Ele foi lento para a bola e bateu muito mal, fraco e com um chute no canto direito do goleiro, mas a bola foi quase no meio do gol, facilitando a defesa do goleiro João Ricardo.
Depois, até o final da primeira etapa, o América-MG se fechou bem na defesa, tirando os espaços do Palmeiras, que diminuiu o ímpeto na marcação e voltou a mostrar os mesmos erros de quando era treinado por Roger Machado – troca de passes sem objetividade e um certo desinteresse na partida.
No segundo tempo, o Palmeiras voltou bem pior e o América-MG quase conseguiu abrir o placar aos 10 minutos da segunda etapa. Em boa jogada pela direita, Ruy bateu da entrada da área e acertou a trave de Weverton, na única chance real de gol na etapa final.
Depois disso, o que se viu em campo foi o Palmeiras com posse de bola, mas sem força nenhuma para construir uma jogada de ataque. Mais uma vez o time trocava passes, mas não conseguia encaixar seu jogo. Para piorar, os jogadores começaram a errar lançamentos e cruzamentos, o que irritou muito Felipão, que fez três alterações na segunda etapa que não deram nenhum resultado – Bruno Henrique entrou no lugar de Moisés, Deyverson na vaga de Borja e, quase aos 45, Hyoran saiu e Gustavo Scarpa foi para o jogo.
A última chance do jogo foi do América-MG, aos 41 minutos do segundo tempo, quando Carlinhos recebeu na área, girou e bateu, mas a bola passou à esquerda do gol de Weverton. Fim de um jogo sem muitas emoções em Belo Horizonte.