Um palestino esfaqueou 12 pessoas nesta quarta-feira (21) num ônibus lotado, em Israel. E autoridades dos dois lados voltaram a trocar acusações de responsabilidade pela violência.
Testemunhas contaram que o jovem palestino chegou cedo à estação central de Tel Aviv. Entrou no ônibus que ia para uma universidade. E alguns minutos depois, quando o ônibus encheu, começou o ataque.
Esfaqueou todo mundo que apareceu pela frente. Mas, mesmo ferido, o motorista do ônibus reagiu, e colocou o agressor para fora.
Um agente penitenciário que passava perto percebeu que o palestino fugia, e acertou um tiro na perna dele. Àquela altura, 12 pessoas já estavam feridas dentro do ônibus, três foram para o hospital em estado grave.
O palestino Hamza Matrouk tem 23 anos, vive na Cisjordânia, e, segundo a polícia, entrou ilegalmente em Israel. Pelo que se sabe até agora, ele agiu sozinho, sem ligação com nenhum grupo organizado palestino. Autoridades de segurança israelenses disseram que, num primeiro questionamento, o palestino disse à polícia que uma das razões pro ataque era a ofensiva militar israelense contra Gaza, em meados do ano passado.
Episódios isolados como esse têm sido frequentes nos últimos meses. Em novembro passado, houve ataques a sinagogas e atropelamentos de pedestres por palestinos em Jerusalém.
Por meio do porta-voz, o governo israelense acusou a Autoridade Palestina e o Hamas de incitarem a violência de árabes contra judeus. A deputada palestina Hannan Ashrawi disse que a violência só vai acabar quando não houver mais ocupação. E o porta-voz do Hamas chamou o ataque de reação heroica ao terrorismo israelense.
Hamza Matrouk foi atendido no hospital, e vai ser julgado por uma corte militar de Israel.