domingo, 24 de novembro de 2024
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Pais suspeitam que filho de 11 meses tenha sido dopado em creche

Os pais de um menino suspeitam que seu filho, na época com 11 meses, tenha sido dopado em uma creche de Votuporanga. Um Boletim de Ocorrência foi registrado e a…

Os pais de um menino suspeitam que seu filho, na época com 11 meses, tenha sido dopado em uma creche de Votuporanga. Um Boletim de Ocorrência foi registrado e a criança passou por teste toxicológico.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, no dia 18 de outubro de 2018, o pai de uma criança de 11 meses (na época) compareceu na delegacia e informou que seu filho ficava o dia todo no Cemei (Centro Municipal de Educação Infantil) Valter Peresi.

Na unidade de ensino, a criança “fica bem, porém sempre saia sonolenta e algumas vezes desacordada”. Em outras situações, ela chega a vomitar e recusa alimentação, fato que ocorreu na última quinta-feira (de outubro de 2018). O menino desmaiou, foi levado pelo Samu e ficou internado durante três dias. “O declarante acredita que a criança esteja sendo dopada na creche, que esteja sendo ministrada medicação para que a mesma durma”, diz o BO.

A criança passou por teste toxicológico e o resultado foi positivo para o uso de Clonazepam. O laudo do perito foi inconclusivo, portanto ainda é aguardado um exame complementar para as respostas dos quesitos apresentados. O exame foi feito em outubro do ano passado, mas o resultado saiu somente neste mês.
Na noite de ontem, a mãe da criança conversou com a reportagem do A Cidade. Ela explicou que seu filho passou por neurologista e cardiologista, mas nenhum problema de saúde foi diagnosticado. A mulher lembrou que os primeiros desmaios aconteceram quando o menino tinha sete meses. “Ele só desmaiava quando estava na creche. Desde que saiu de lá, não desmaiou mais”, falou.

Os advogados da família explicaram que não podem dar mais detalhes do ocorrido para não prejudicar a investigação em andamento e também para preservar as crianças bem como seus pais. “Houve a confirmação de uma substancias tóxica no sangue de uma das crianças, e que, possivelmente, teria sido dopada em sala de aula. A finalidade seria fazer a criança parar de chorar e dormir, dando menos trabalho a quem estivesse cuidando, motivo claramente repugnante e covarde”, apontaram.

Mais sete mães
Ainda na opinião dos advogados, se alguém realmente fez tamanha covardia não merece ser chamado de profissional da educação e tem que ser punido, uma vez que colocou crianças em risco de morte. “O fato ocorreu e tem que ser investigado. Podemos no momento apenas afirmar que não se trata de um caso isolado, uma vez que mais de sete mães nos procuraram alegando a mesma situação”, disseram. Eles afirmaram ainda que esperam apenas que a Justiça seja alcançada, que o verdadeiro culpado seja punido para assim evitar que mais crianças sejam vítimas de condutas como estas.

Prefeitura
Na noite desta segunda-feira, a Prefeitura enviou uma nota sobre a questão. “É importante afirmar que nenhum medicamento é administrado nas escolas municipais para crianças matriculadas, com exceção daquelas que possuem receita médica e os pais ou responsáveis enviem a medicação junto com a receita informando horário e dosagem do remédio a ser ofertado.
Com relação à denúncia, no final do ano passado, a Secretaria Municipal da Educação foi procurada pelos pais de uma criança, apresentando Boletim de Ocorrência. A Secretaria relatou o caso à Procuradoria Geral do Município. No entanto, na época, não havia resultado de exames médicos ou qualquer outro material com embasamento legal que determinasse providências administrativas. Mesmo assim, a equipe gestora da Secretaria da Educação realizou orientações diversas sobre o tema com educadores, técnicos e profissionais das escolas municipais.
Vale ressaltar que até o momento, a Secretaria não foi notificada quanto à abertura de inquérito”.

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