O “kit merenda” oferecido pela Prefeitura de Votuporanga a parte dos alunos da rede municipal voltou a ser alvo de críticas. As reclamações estão ligadas à qualidade dos produtos em comparação com o que é oferecido em outras cidades da região e a demora para entrega, além do fato do benefício não chegar a todos os alunos.
A revolta foi externada na publicação de duas notícias de cidades distintas, porém sobre o mesmo assunto: o auxílio aos alunos que estão sem merenda em razão da pandemia. A primeira delas está relacionada a Fernandópolis, que criou um “vale”, que além de alimentar as crianças, fomenta a economia local.
Trata-se de um cartão, onde a Prefeitura da cidade vizinha disponibiliza um crédito de R$ 70 por mês para que os pais de todos os seus mais de seis mil alunos comprem o que necessitarem no comércio cadastrado. Quatro parcelas já foram depositadas desde o início da pandemia.
Outro exemplo vem ainda mais de perto. Valentim Gentil não criou um vale, mas além de fornecer os alimentos básicos (arroz, feijão, macarrão, etc) a todos os seus mais de 1.200 alunos, a Prefeitura incluiu iogurtes, proteínas (carne), frutas e verduras em seu kit que foi distribuído anteontem.
“E Votuporanga os kits foram pra onde será? Fora que em Valentim até mistura vem, aqui nem uma cartela de ovo para falar que tem mistura”, reclamou Mariana Pontes Garcia. “Os kits alimentação há meses que não entrega e fora que não vem o que a criança come no dia a dia, como bolacha e verduras como citado”, completou Eliane Morena. “Um absurdo Votuporanga, uma vergonha”, concluiu Milla S. Santos.
Votuporanga
Ontem a Prefeitura de Votuporanga divulgou em seu site que a partir da próxima semana, a Secretaria da Educação iniciará a entrega da nova remessa de Kits de Alimentação Escolar à alunos da Rede Municipal de Ensino cadastrados no programa Bolsa Família ou em situação de vulnerabilidade social e risco. Nesta entrega, 1.824 famílias receberão o Kit. Na primeira entrega, que teve início em 27 de abril, foram distribuídas 1.647 unidades.
Os pré-requisitos para recebê-lo são famílias cadastradas no programa Bolsa Família ou em situação de vulnerabilidade social e risco, verificadas e avaliadas. Para isso, a família não deverá ter recebido cesta básica pela Secretaria de Assistência Social no momento da pandemia. Demais famílias que não possuem o cadastro e que vivem em situação de vulnerabilidade, deverão procurar a unidade escolar para processo de inscrição que conta com triagem de assistente social. Vale ressaltar a obrigatoriedade da utilização de máscara e do distanciamento recomendado.
O Secretário Municipal da Educação, Marcelo Batista, afirmou que “para esta segunda etapa, a assistente social e equipe da Secretaria da Educação se empenharam na análise das condições das novas famílias contempladas, buscando atender todos aqueles que realmente necessitam deste auxílio”.
O Kit é composto por arroz, feijão, fubá, farinha de trigo, óleo, açúcar, sal, extrato de tomate, macarrão, leite em pó, sardinha e biscoito. A quantidade de alimentos entregue tem duração de consumo para cerca de 20 a 30 dias. O Kit será entregue a uma criança por família e embalado de maneira a atender as medidas de higiene e segurança.