Cleidenilson Pereira da Silva foi amarrado e linchado até a morte, na última segunda-feira, após tentar assaltar um bar em São Luís, no Maranhão. Próximo ao palco da barbárie, o clima é de apreensão, e poucos comentam abertamente o caso. O silêncio quase hegemônico, porém, não significa arrependimento.
“O desfecho foi bom para todos, pois quem morreu foi o marginal” analisa a filha do dono do bar que seria roubado.
Antonio Pereira da Silva e Maria José Gonçalves Pires discordam. Pai e madrasta de Cleidenilson, os dois procuram entender não só o envolvimento do filho no assalto, mas também a brutalidade dos que espancaram o rapaz de 29 anos até a morte.
“A única coisa que eu queria perguntar a eles é como estão colocando a cabeça no travesseiro”, desabafa a auxiliar de cozinha Maria, considerada por Cleidenilson como sua mãe.
De acordo com o site Extra, a mãe biológica entregou o filho para pai o quando o menino tinha 2 anos, e nunca mais deu apareceu. Mais novo entre quatro irmãos, ele estudou até a oitava série e começou a usar cocaína aos 15, vício que manteve até o início da vida adulta. Nos últimos dez anos, passou a utilizar somente maconha.