A falta de energia em São Paulo, que já dura dias após o temporal da última sexta-feira (11), trouxe riscos graves para pessoas que dependem de aparelhos médicos. Heloísa, moradora de São Bernardo do Campo, que tem amiotrofia muscular e espinhal, depende de um respirador para sobreviver. Sem energia elétrica, seus pais conectaram o equipamento à bateria de um carro para mantê-la respirando. “Energia é uma necessidade vital para ela”, desabafou Mario Neto, pai de Heloísa.
O improviso com a bateria do carro não foi a única solução encontrada. Um vizinho emprestou energia e um eletricista particular foi contratado para puxar cabos até a casa de Heloísa. Mesmo assim, o pai da jovem criticou o cadastro de clientes vitais da concessionária, classificando-o como “mera ilusão”, já que não teve o suporte necessário a tempo.
Na Vila Romana, Zona Oeste de São Paulo, a família de Antônio vive um drama semelhante. Renata Saffioti, filha de Antônio, improvisou um gerador a gasolina para manter o pai respirando. “Estamos há mais de 60 horas sem energia, com meu pai dependendo disso para viver”, relatou Renata, criticando a falta de resposta da concessionária para solucionar o problema.
