O morador de Olímpia (SP), que foi encontrado morto na tarde da última segunda-feira, (01/01/2024), junto com a esposa e a filha, continuava no tráfico de drogas e teria caído em uma emboscada, segundo a Polícia Civil da cidade. Um dos delegados de cuida do caso, Marcelo Pupo de Paula, afirmou para a Gazeta do Interior que Anderson Givago Marinho, de 35 anos, teria ido levar maconha até a cidade de Votuporanga (SP), onde acabou sendo executado junto com a esposa, Mirele Regina Beraldo Tofalete, de 32 anos e a filha, Isabelly Tofalete Marinho, de 15 anos.
“Ontem nós já ouvimos algumas pessoas e nós já temos a confirmação de que ele teria ido até um canavial do bairro Cruzeiro na cidade de Votuporanga levar entorpecentes. O que precisamos saber agora é quem seria o mandante e o executor do crime”, afirma o delegado.
As investigações sobre o caso seguem paralelas, já que a família é de Olímpia e estava desaparecida desde o dia 28 de dezembro, quando teria ido até São José do Rio Preto (SP), segundo familiares, comemorar o aniversário da mulher, Mirele, que completaria 32 anos, naquele dia. A polícia já sabe que a família não teria realizado a comemoração, já que o carro teria sido registrado em um radar da rodovia Washington Luís, no dia do desaparecimento, sentido Votuporanga.
“O inquérito policial segue pela DIG de Votuporanga e nós estamos prestando todo o apoio nas investigações, que seguem paralelas aqui por Olímpia. Nós também trabalhamos com a suspeita de que o autor possa ser algum bandido de saidinha temporária ou ainda que o crime tenha sido provocado pelo fato dele [Anderson] ser um informante no mundo do tráfico”, disse ainda Marcelo Pupo.
Conforme a Gazeta já mostrou, Anderson, Mirele e Isabelly foram encontrados mortos, em estado avançado de decomposição, em uma estrada de um canavial de Votuporanga, na tarde de segunda-feira (1º). A mulher e a filha estavam dentro do carro e Anderson do lado de fora do veículo.
No local do crime, cápsulas de pistolas 9 milímetros foram apreendidas. Os celulares das vítimas, até o momento, não foram localizados.
O delegado afirma ainda que, através de rastreio eletrônico dos aparelhos, descobriu que há uma ligação do celular da filha para a Polícia Militar. “Possivelmente Anderson desceu para conversar com alguém, quando foi baleado. A menina pode ter tentado ligar para a polícia, onde também foi morta junto com a mãe, em uma possível queima de arquivo”, afirmou Marcelo.
O carro foi apreendido e periciado com o objetivo de encontrar vestígios que possam levar até os autores. Os documentos pessoais do casal também foram recolhidos junto com as vítimas.
Em 2015, Anderson e outros três indivíduos foram presos com 995 porções de cocaína, em Tabapuã (SP). Na época ele foi condenado a dois anos de prisão pela justiça da cidade.