Uma menina de 10 anos que era violentada sexualmente pelo próprio pai em Potirendaba é suspeita de que estava grávida dele.
A menina foi levada por uma das irmãs à pediatra, onde a médica da cidade confirmou o abuso e até mesmo a gravidez.
O caso aconteceu no dia 9 de setembro desse ano, mas só agora que a irmã dela, N.G.S., de 18 anos, procurou a Gazeta do Interior para denunciar o caso e pedir justiça.
O pai da menina que é suspeito de praticar o crime, E.P.S., continua solto. N. contou à nossa equipe que ela saiu de casa quando também tinha 10 anos por que já tinha sido ameaçada por ele. “Eu saí de casa para não ser abusada por ele. Eu desconfiei que ele estava abusando da minha irmã e resolvi levar ela na médica e para a médica ela confirmou tudo”, disse.
A menina que tem vergonha e não toca no assunto, desabafou com a médica e disse que é violentada sexualmente pelo pai. No momento em que eles vão tomar banho, a criança contou que o homem faz graves ameaças e obriga ela a praticar sexo com ele. A médica pediu exame de gravidez na menina, mas já tinha adiantado que ela estava grávida pelos sinais aparentes de alargamento de quadril e menstruação atrasada. Naquele mesmo dia, a criança foi levada para a delegacia da cidade onde um boletim de ocorrência foi registrado por abuso sexual e a criança passada por exame de corpo de delito pelo o Instituto Médico Legal (IML) de São José do Rio Preto.
O Conselho Tutelar de Potirendaba entrou no caso e concedeu para N. um termo provisório da guarda da criança e de outros dois irmãos dela, um de 8 e outro de 12 anos. Na semana passada, N. conta que a menina sofreu um aborto espontâneo pelo abalo psicológico que ela está vivendo. “Estamos levando ela no psicólogo, mas pouco está adiantando. Ela toma um remédio para não ter crise convulsiva, três vezes por dia. Acho que por causa de tudo isso que ela vem passando, ela não conseguiu segurar a criança. A gente ia criar o filho dela, pois sou evangélica e contra o aborto”, explica.
A jovem que está cuidando dos três irmãos pequenos, já é casada e tem dois filhos pequenos. Todos vivem em uma casa humilde de apenas três cômodos de um bairro de Potirendaba que não pode ser revelado para preservar a identidade das crianças.
A irmã conta ainda que a família está passando por dificuldades, pois só o marido dela trabalha na casa e ela que tem que cuidar das crianças. “Estamos precisando de cama para colocar eles dormirem. Todo tipo de ajuda que vier é bem vinda nessa hora”, diz N.
A Polícia Civil de Potirendaba aguarda o laudo do IML para poder instaurar inquérito.
O IML de Rio Preto disse que não há prazo para concluir o laudo e que depende do perito. Quem quiser contribuir com a família pode entrar em contato com o jornal pelo e-mail redacao@gazetainterior.com.br ou pelo telefone (17) 9 8803-4123.
Gazeta do Interior