O médico veterinário Vanderlan Alves de Freitas, pai de Vandelan Alves de Freitas Filho, Delanzim, vítima de assassinato no último dia 26 de julho, após tomar conhecimento da decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que soltou o principal suspeito de cometer o crime, confessou estar indignado com a decisão da justiça em conceder o habeas corpus em favor de Cézar de Lima Queiroz Júnior, e desabafou: “para mim, ele é o causador de toda a tragédia ocorrida com meu filho. No dia do crime, ele ameaçou-o em minha casa no período da tarde e três horas após realizou o prometido. Todas as evidências e uma testemunha fez o reconhecimento dele na Delegacia de Polícia de Paranaíba. As provas estão dentro de sua própria família, que escondeu-o na cidade de Palmeira d’Oeste, porém, como ele estava drogado foi encontrado pela polícia”.
Vanderlan disse ainda que os dois jovens eram amigos e Cézar Júnior não compareceu no velório de seu filho e nem enviou moção de pesares. “Estou muito confiante na justiça, até por um ditado popular diz que ‘ela tarda, mas não falha’. Estou também, como todos me conhecem, muito confiante em Deus, pois só ele nos conforta a dor da perda e sabemos que não tem volta. Só quem não passou por isto, não sabe o quanto é difícil”, desabafou.
Inconformado, Vanderlan também disse: “agora vem o Tribunal lá não sei de onde e concede alvará de soltura sem antes terminar o inquérito, ou seja, as investigações da polícia ainda não foram concluídas. Com certeza, esse mesmo Tribunal de Justiça não tem conhecimento do aumento da violência em Paranaíba nos últimos meses”.
Vanderlan falou que a vida, sendo o maior dom de Deus, está perdendo o seu valor, ou já perdeu! “Um crime ambiental é mais rigoroso que a vida de uma pessoa”, disse.
O pai de Delanzim finalizou dizendo: “precisam ser melhor elaboradas essas leis, pois a pessoa que tira a vida de outra tem que pagar pelo crime, senão vai continuar matando, roubando e se drogando. A pessoa que faz isto é um perigo para a cidade, a sociedade e as próprias famílias”. (Maurílio Alves)
