sábado, 1 de novembro de 2025
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Padre que atuou na região avança no processo de canonização e recebe título de ‘venerável’

Foto: Reprodução/TV TEM

O Vaticano anunciou nesta quinta-feira (23) um avanço significativo no processo de canonização de Monsenhor Ângelo Angioni, padre italiano que dedicou sua vida à caridade e à missão no interior de São Paulo. Com a publicação de documentos assinados pelo Papa Leão XIV, ele recebeu o título de “venerável”, um dos estágios finais para se tornar santo.

Monsenhor Angioni nasceu na Itália, mas foi enviado como missionário para o Brasil, onde viveu em José Bonifácio (SP) por 57 anos até sua morte, em 2008.

Legado de caridade e coração intacto: os passos para a canonização

O religioso dedicou sua vida à caridade e à fé, fundando diversas igrejas, capelas, casas de retiro e espaços para idosos. Ele também criou o Instituto Missionário do Imaculado Coração de Maria, vivendo em pobreza e seguindo estritamente o Evangelho.

O processo de canonização começou em 2013, cinco anos após sua morte. Com a autorização do Vaticano, Monsenhor Ângelo Angioni recebeu inicialmente o título de “servo de Deus”.

Em 2015, uma equipe de Roma esteve em José Bonifácio para a exumação do corpo, o que chamou a atenção da comunidade católica: seu coração foi encontrado intacto. O Padre Mauro Ziati Pereira, postulador da causa, explicou que, embora seja uma graça incomum, o fato não é decisivo para o processo.

Próximo passo é o reconhecimento de milagres

O título de “venerável” é um reconhecimento das virtudes heroicas do religioso. O próximo passo no processo é a beatificação, que exige o reconhecimento de um milagre. Para se tornar santo (canonização), são necessários dois milagres devidamente reconhecidos.

“Um suposto milagre, enviado por quem fez a solicitação da canonização, é analisado por médicos e teólogos do Vaticano e, caso seja comprovado, o Papa o reconhece publicamente por meio de um decreto”, explica o Padre Mauro Ziati Pereira. Segundo ele, dados de outro suposto milagre já estão sendo coletados para serem enviados a Roma.

Os restos mortais de Monsenhor Ângelo Angioni estão sepultados na Igreja São João Batista, em José Bonifácio.

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