Uma nova interpretação do Evangelho por um padre italiano pode revelar um lado pouco conhecido de Jesus.
Os italianos este ano sonham uma árvore de Natal com emprego no lugar de presentes. A festa vai ser mais modesta do que de costume, mas sempre com a família reunida diante de um bom prato. E uma tese intrigante esquenta o Natal dos bons gourmets: Jesus teria sido um bom cozinheiro.
No livro “A Cozinha do Ressuscitado”, o professor de teologia Dom Giovanni Cesare Pagazzi declara que nos relatos do Evangelho segundo Mateus, Jesus aparece muitas vezes ao redor de uma mesa.
“Ele sempre aceitava a hospitalidade da mesa dos bons e dos maus, como a dos fariseus,” diz ele.
O milagre da multiplicação dos pães e dos peixes seria outro exemplo. Porque depois Jesus teria se empenhado a cozinhar, um gesto muito importante, observa o religioso.
O Jesus cozinheiro, segundo o autor, aparece em alguns textos do Evangelho. Em Mateus, capitulo treze, ele compara o reino de Deus ao fermento, explicando as misturas. Um pouco de fermento com três porções de farinha.
“É notável como Jesus sabia fazer o pão, conhecia a receita”, destaca o padre.
O padre acredita que se fizermos essa pergunta na Itália ou no Brasil, poucos saberiam dizer assim.
E na Última Ceia, Jesus afirmou para sempre o pão e o vinho como símbolos da Comunhão com Deus.
Apesar das referências a longos períodos de jejum, o livro parece sugerir que Jesus, além de bom cozinheiro, fosse também atento aos prazeres da mesa e era considerado como um bom garfo pelos apóstolos.