sábado, 23 de novembro de 2024
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Padre Fábio de Melo deixa Twitter após ataques

Após ter sido alvo de ataques de internautas, o padre Fábio de Melo fez um desabafo em seu Twitter nesta sexta-feira (9) e anunciou a saída da rede social. Tudo…

Após ter sido alvo de ataques de internautas, o padre Fábio de Melo fez um desabafo em seu Twitter nesta sexta-feira (9) e anunciou a saída da rede social. Tudo começou ainda na noite de quinta-feira (8), quando o religioso fez uma publicação criticando a liberação de Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha, na “saidinha” de Dia dos Pais.

“Não entendo de leis, mas a ‘saidinha’ deveria ser permitida somente no dia de finados. Para que visitassem os túmulos dos que eles mataram”, escreveu. A postagem gerou reações e não agradou alguns internautas. “Belíssimo, padre. A parte do perdão você esqueceu, né?”, perguntou um. “Não entende de leis e parece que de Bíblia também não”, acrescentou outro.

Após ler os comentários, o padre Fábio de Melo publicou o desabafo citando sua luta contra a depressão e despediu-se da rede social. “Meus queridos, vou ficando por aqui. Tenho uma saúde emocional a ser cuidada. Sei o quanto já provei a solidão provocada pela depressão, pelo pânico. Tomar remédios só faz sentido quando evitamos os gatilhos dos desconfortos. Este lugar deixou de ser saudável pra mim. Obrigado!”, escreveu.

Em seguida, lamentou o que chamou de “acusações e julgamentos”. “Nunca tive dificuldade com as diferenças. Aliás, o meu ministério sempre foi exercido entre elas. Mas a dialética, um dos movimentos que nos permitem o acesso à verdade, vem gradativamente sendo substituída por acusações e julgamentos. O Twitter sempre foi um lugar de encontro. A Àgora dos nossos tempos. O ponto de reunião improváveis. Falei e fiquei amigo de quem não passaria na porta da minha igreja. Foi bom”, acrescentou.

O religioso também voltou a defender sua a declaração que motivou as críticas. “Desde ontem, quando expressei minha indignação sobre a “saidinha”, estou sendo acusado de justiceiro, desonesto, desinformado, canalha e outros nomes impublicáveis. Só reitero. Já atuei na pastoral carcerária. Sei sobre a necessidade da ressocialização dos presos. Eu apenas salientei sobre a Justiça não ser capaz de preservar, para os que sofrem suas perdas, o simbolismo das datas, libertando os responsáveis pelas mortes de seus entes queridos. Só isso”, explicou.

Por fim, agradeceu aos seguidores que o acompanharam e pediu orações. “Agradeço muito o carinho que sempre recebi aqui. Eu me divertia muito com vocês. Obrigado pelos amigos que fiz. Rezem por mim”.

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