sexta-feira, 20 de setembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Padre da região é denunciado por promover baile funk com menores

O Ministério Público determinou a instauração de um inquérito para investigar o Padre Marcelo Eduardo Bonifácio da paróquia São Sebastião/ Santa Izabel de Catiguá. Segundo o delegado, Dr. Élvio Roberto…

O Ministério Público determinou a instauração de um inquérito para investigar o Padre Marcelo Eduardo Bonifácio da paróquia São Sebastião/ Santa Izabel de Catiguá.

Segundo o delegado, Dr. Élvio Roberto Bozzani, o pároco teria promovido no dia 16 de junho, um baile funk com open bar (bebida à vontade) no salão paroquial da igreja e liberado a entrada de adolescentes e menores de idade na festa, além de desacatar membros do Conselho Tutelar.

Segundo o delegado, no dia do baile, o Conselho Tutelar de Catiguá foi comunicado sobre a presença de menores na festa e compareceu na portaria com intuito de impedir a entrada desses adolescentes, mas os conselheiros foram barrados e desacatados pelo padre que depois de uma discussão acalorada impediu a permanência dos conselheiros no local. “Os conselheiros mesmo com a determinação do padre Marcelo continuaram próximos ao salão paroquial e viram muitos menores de idade entrando na festa que era open bar.

Eles registraram um boletim de ocorrência, por volta das 02h00 contra a ação do padre e por serem impedidos de exercer a função”, explicou o delegado que investiga o caso.

Os conselheiros levaram o caso até a Promotoria da infância e Juventude sobre o fato ocorrido e o Promotor Rodrigo Vendramini solicitou a abertura imediata de um inquérito policial, já que membros do Conselho foram impedidos de exercer a função.

De acordo com a lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990, do artigo 236 do Estatuto da Criança e Adolescente, impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei cabe pena – detenção de seis meses a dois anos.

O NM procurou o Conselho Tutelar de Catiguá, mas nenhum conselheiro quis se manifestar sobre o ocorrido. O Padre Marcelo Eduardo Bonifácio também foi procurado diversas vezes pela nossa equipe de reportagem na Paróquia São Sebastião, mas não foi encontrado na cidade em nenhum momento.

O bispo da Diocese de Catanduva, Don Octacílio Luziano da Silva disse que já sabia sobre a denúncia através de uma carta do Ministério Público de Catiguá. O bispo aguarda o resultado do inquérito para tomar as medidas cabíveis. “O padre Marcelo me apresentou outra versão dos fatos. Não posso falar quem é o culpado ainda, mas pedi para o delegado e o promotor ouvirem os dois lados e apurar o que realmente aconteceu nesta festa. Já conversei com o Padre Marcelo e pedi que ele se apresentasse na delegacia para prestar depoimentos e marcasse, o quanto antes, uma audiência com o promotor da Vara da Infância e Juventude”, esclareceu.

Segundo a Polícia Civil, as oitivas já começaram. Os conselheiros envolvidos no caso foram os primeiros a serem ouvidos pelo delegado. O Padre Marcelo apesar da intimação ainda não compareceu para prestar depoimentos. Segundo a Diocese de Catanduva, o pároco estaria viajando em várias cidades já que faz parte da comissão do processo de Beatificação do Monsenhor Albino e estaria colhendo depoimentos das pessoas que conviveram com o Monsenhor.

Notícias relacionadas