O padre Gustavo Trindade dos Santos foi inocentado nesta sexta-feira (12/4) pelo Tribunal do Júri em Santa Cruz do Rio Pardo, interior de São Paulo, da acusação do crime de homicídio qualificado.
Ele é acusado de matar atropelado Ângelo Marcos dos Santos Nogueira, suspeito de furtar a casa paroquial da cidade, em maio de 2022. Ângelo morreu no dia 27 de julho de 2022 por complicações decorrentes do atropelamento.
De acordo com o boletim de ocorrência, o homem atropelado furtou a casa paroquial da Igreja São Sebastião arrombando uma das janelas. Ele fugiu do local levando três moletons e uma camiseta.
O alarme tocou e o padre, que chegava ao local de carro, viu Ângelo pular o muro e sair correndo. Então, Gustavo fez uma manobra com o carro sobre a calçada e acertou o suspeito, que foi prensado a um veículo estacionado em um imóvel.
Uma perícia concluiu que a morte foi provocada por sequelas do atropelamento, como perda de massa muscular, dificuldade para comunicação e necessidade de uso de fraldas.
Na sessão desta sexta, que durou pouco mais de sete horas, a Justiça ouviu depoimentos de testemunhas e do próprio padre Gustavo, que compareceu com uma batina branca. Ele disse que só pensava em parar o suspeito e que ainda não se perdoou pelo caso.
Depois, os jurados concluíram que a morte de Ângelo não foi um homicídio e decidiram pela absolvição.
A promotoria não informou se vai recorrer da sentença. O padre ainda responde um processo com pedido de indenização pelo caso.