domingo, 22 de setembro de 2024
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Padrasto que matou bebê se escondeu na região após fuga

Um crime bárbaro revoltou e comoveu todo o noroeste paulista nos últimos dias, a morte de uma criança de um ano e seis meses após ter sido agredida por seu…

Um crime bárbaro revoltou e comoveu todo o noroeste paulista nos últimos dias, a morte de uma criança de um ano e seis meses após ter sido agredida por seu padrasto na terça-feira (23). A criança chegou a ser atendida na Santa Casa de Jales, mas não resistiu ao processo cirúrgico, necessário pelo rompimento de órgãos internos.

A triste história contém vários detalhes que a torna ainda mais semelhante com uma série de ficção, mas que entristeceu por esbarrar na realidade e no sofrimento de uma criança.

O delegado operacional da Central de Polícia Judiciária de Jales, Sebastião Biasi, detalhou as ações realizadas pela Polícia para a reportagem do Jornal do Povo da Rádio Assunção FM, quando afirmou ser o crime mais emocionante que atuou em todos os seus anos de experiência, mesmo já tendo atendido casos complexos de crimes contra a vida e combate ao narcotráfico.

O CRIME

Segundo o delegado, a criança identificada como Guilherme, ficou com o padrasto T.S.O., quando a mãe foi até o CRAS da cidade, por volta das 14h, de terça-feira, solicitar a transferência do Bolsa Família, já que haviam se mudado para Aspásia a menos de 20 dias.

Quando retornou encontrou o bebê com hematomas no abdômen, de imediato ele teria ameaçado contra a vida de Patrícia, a mãe de 18 anos, com uma arma, ela também foi agredida, com puxões de cabelo, diz a polícia.

Com a piora no estado de saúde da criança o padrasto concordou em acionar uma ambulância, desde que a mãe, contasse que o filho caiu de uma pia da casa, fato que concordou imediatamente afirmou o delegado. Segundo Biasi, o socorro para a criança foi prestado inicialmente com a permissão dele às 18h. Ela sustentou essa versão no atendimento da UPA-24h de Jales e na Santa Casa, mas confessou tudo com á chegada da Polícia e do Conselho Tutelar.

“A criança piorou e passou por cirurgia, suspeitaram da violência maior, porque não apresentava lesões no corpo a não serem no estômago, os órgãos internos estavam rompidos. Por isso acionaram o Conselho Tutelar e a Polícia” disse Biasi.

A Polícia foi acionada, sendo que agentes da Central de Polícia Judiciária realizaram buscas na residência do casal, com o acompanhamento da mãe, na cidade de Aspásia. Os policiais encontraram um revólver, calibre 38, com a numeração raspada de marca Taurus, foram encontradas no local 06 cartuchos intactos. Todo o material estava escondido no forro do banheiro.

T.S.O. foi preso em flagrante delito na manhã da última quarta-feira, deverá responder por lesão corporal seguido de morte, cárcere privado, violência doméstica, posse de arma de fogo de uso restrito. Todos os crimes com agravantes de pena, que ultrapassar de 20 anos. Ele está recolhido em uma cadeia da região.

A FUGA

No dia 5 de janeiro, o padrasto já teria agredido a criança, ainda quando estavam em Campinas, na época também fez ameaças contra a mãe. A denúncia foi feita em um distrito policial da cidade, segundo o delegado, por um tio avô do bebê quatro dias depois, quando prestou o socorro necessário.

O padrasto T.S.O. tem envolvimento com a criminalidade, já que a vinda para Aspásia para a casa de parentes trata-se de uma fuga, sendo que ele estava sendo procurado por outros criminosos.

Além de ser investigado por participação em homicídios, o pai da criança, identificado como Cleiton foi morto em 2016, em um caso suspeito. O homicídio de uma mulher que teria ligação com outro envolvido na morte de Cleiton também é alvo de inquérito policial.

RETORNO

“Ela nuca viu e veio para casa de parentes dele, Patrícia retornou para Campinas, voltou para cidade dela, com a família, com recursos nossos e do Conselho Tutelar”, destacou Biasi.

A mulher voltou para a cidade de Campinas onde deverá receber o suporte necessário da família.

O corpo da criança foi sepultado na quinta-feira (25) em Campinas. O translado foi possível com o auxílio prestado pelo prefeito Calango de Aspásia.

Para o delegado Biasi, de uma forma geral, a resposta rápida da Polícia e sua atuação e identificar a situação, foi extremamente importante para evitar a fuga do responsável pelos crimes.

Agora a Polícia aguarda a finalização dos laudos que podem comprovar a prática do abuso sexual cometido pelo padrasto. “Apesar de existir os indícios, vamos esperar a conclusão dos laudos para novas ações”, finalizou Biasi.

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