Era mais um dia comum na vida de José Reinaldo da Silva. Aos 32 anos, ele deixou Araçatuba, onde mora, para visitar parentes no interior de Alagoas, na semana passada. Na manhã deste sábado (21), quando foi passear em Viçosa (a 2.450 quilômetros de Araçatuba), quase não acreditou quando se deparou com um rapaz de 25 anos. Aquele homem que ele viu era um velho conhecido e despertou sentimento profundo em José Reinaldo. Seus olhos custaram a acreditar que aquela imagem era real. A pessoa que ele encontrou é o acusado de ter assassinado a enteada dele, Danielle Laressa Sanches, que tinha apenas 17 anos, em outubro de 2013, em Araçatuba. Ele tinha fugido da cidade logo após o crime.
Sem que o acusado percebesse, José Reinaldo manteve a calma, ligou para a polícia e denunciou a presença do rapaz, que era procurado pela polícia de São Paulo. Os policiais logo chegaram ao local e, durante consulta aos antecedentes, ele apresentou documentos falsos. Como a história não convenceu os policiais e o padrasto da menina sabia da identidade real, o indicado acabou confessando e falando seu nome verdadeiro. Foi então que os policiais descobriram que um mandado de prisão estava em aberto contra ele.
O rapaz, que viveu junto com com Danielle por mais de um ano, foi detido na delegacia de Viçosa. A Polícia Civil da cidade, agora, prepara todas as documentações e os trâmites legais para transferi-lo para um presídio da região, onde ele aguardará julgamento pelo assassinato.
O CASO
Danielle foi morta no dia 10 de outubro de 2013, quando tinha 17 anos, com uma facada no pescoço. O caso ocorreu no bairro Araçatuba G. O indiciado fugiu logo depois do crime e a polícia não tinha nenhuma pista de seu paradeiro, até agora.
Na época, a mãe da menina disse que o casal se relacionou por cerca de quatro anos, sendo que moraram juntos por um ano. Em um determinado dia, eles brigaram e resolveram se separar. Danielle, então, foi morar com a mãe no bairro Alvorada. No dia do crime, ela teria combinado de se encontrar com o ex, na casa onde morava, para receber uma quantia em dinheiro.
Um vizinho teria presenciado a briga dos dois e chamou a polícia. Quando chegaram à residência, os policiais encontraram Danielle já sem vida. Ela estava com uma facada no pescoço e teria morrido por esgotamento. A menina trabalhava em um escritório próximo ao Fórum e tinha acabado de ser aprovada no curso de psicologia, que começaria a cursar no ano seguinte.
Folha da Região