quarta-feira, 23 de outubro de 2024
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Padrasto é preso por estuprar enteada de 11 anos

Caso ocorreu em junho de 2005; após 14 meses de avaliação, padrasto foi preso A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) conseguiu resolver um dos casos mais polêmicos envolvendo estupro…

Caso ocorreu em junho de 2005; após 14 meses de avaliação, padrasto foi preso

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) conseguiu resolver um dos casos mais polêmicos envolvendo estupro de menor em Catanduva. O caso, ocorrido em junho do ano passado, só foi concluído no início dessa semana com a prisão do acusado pelo crime. A pedido da delegada da mulher Maria Cecília Correia Sanches, os nomes do autor do crime e da vítima foram preservados.

O caso foi registrado na DDM em junho de 2005. Uma garota de 11 anos, grávida de seis meses, acompanhada da mãe, contou que indivíduos estranhos invadiram a residência onde morava, no Bom Pastor, e a violentaram. “Primeiramente a jovem ‘apareceu’ com essa história incomum e afirmou que não havia comentado com ninguém, pois estava assustada. Quando sua barriga começou a crescer, a mãe desconfiou de uma gravidez e ambas vieram até a delegacia”, disse a delegada Maria Cecília.

Entretanto, a garota, em uma segunda versão, relatou outro fato, ainda mais estranho. A jovem afirmou que morava na casa com o padrasto, os filhos desse homem e a mãe, e que certo dia encontrou um preservativo usado dentro do cesto de lixo do banheiro. “A menina comentou que pegou aquele preservativo e começou a se masturbar com ele, o que ‘desencadeou’ em sua gravidez. Diante dessas duas versões, resolvemos instaurar um inquérito policial para apurar o caso e descobrir a verdade”.

No mês de outubro de 2005, logo após o nascimento da criança, a delegada pediu aos familiares – padrasto, filhos do padrasto, vítima e o recém-nascido – para que fizessem exames de DNA. “As amostras de sangue foram coletadas. O inquérito ficou parado até que em junho desse ano o resultado do DNA ficou pronto, apontando o padrasto da garota, de 45 anos, como pai da criança”.

Prisão temporária
O próximo passo da delegada foi solicitar a prisão temporária (30 dias) do padrasto. “No dia 10 de julho o mandato de prisão foi cumprido e voltamos a investigar o caso. Questionada, a garota, vítima do estupro, nega que o padrasto tenha tido relações sexuais com ela, e que engravidou com o preservativo achado no lixo. A mãe apóia a filha, e o padrasto também nega o estupro”.

Pela parte dos envolvidos, apontou a delegada da mulher, está difícil saber de fato como ocorreu o estupro.

Prisão preventiva
Na segunda-feira (dia 7), a prisão preventiva do acusado pelo estupro foi cumprida. “O padrasto ficará preso por tempo indeterminado, e passará por um interrogatório. Ele foi enquadrado por estupro (artigo 213) com violência presumida, e a pena é de 6 a 10 anos de reclusão, conforme prevê o Código Penal”, disse a delegada.

DDM disponibiliza trabalho terapêutico gratuito à população
Preocupada com a violência contra a mulher, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) está oferecendo um trabalho terapêutico gratuito ao público. As reuniões, coordenadas por uma psicóloga, são às quintas-feiras, das 14 às 15 horas, no prédio da delegacia, situado na rua Belo Horizonte, 297, Centro.

As vagas são limitadas, e o telefone para confirmar presença é 3523-2279.

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