Nesta quinta-feira (25), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Recife, convocou uma coletiva de imprensa para divulgar as informações sobre o sequestro, estupro e assassinato de Maria Alice Seabra, de 19 anos.
Segundo a delegada Gleide Ângelo, o padrasto da jovem, o auxiliar de pedreiro Gildo da Silva Xavier, 34 anos, premeditou sequestrar e estuprar a jovem. O crime teria sido planejado, há mais de dois meses, onde ele manteria relações sexuais com a jovem e depois iria fugir, porém não havia intenção de matar.
De acordo com depoimento do padrasto, ele teria forçado a vítima a beber Rupinol (medicamento usado para aplicar golpes como o “boa noite Cinderela”). Já dentro do carro de Gildo, houve uma luta corporal, o homem espancou Maria Alice e a colocou no banco de trás do veículo, onde tentou estrangulá-la com o cinto de segunça. Às margens da BR-101, Norte, próximo ao bairro de Paratibe, em Paulista, Gildo decidiu estuprar a jovem e ao terminar o ato, o padrasto percebeu que a jovem estava a convulsionar e desfalecer. Ao perceber que a vítima havia parado de respirar, decidiu abandonar o corpo em um matagal.
O padrasto ainda disse que começou a sentir desejo por Maria Alice Seabra há cerca de três anos, porém nunca havia tentado abusar da garota e que ninguém desconfiava dos seus desejos.
A ideia de dopá-la, estuprá-la e depois fugir surgiu há dois meses, após Maria Alice ter descoberto que Gildo estaria com uma amante e contado para a mãe.
Maria Alice foi encontrada em um matagal com uma mão amputada, amarrada e seu corpo em avançado estado de decomposição.
A delegada informou que as investigações continuam e que Gildo deverá responder pelos crimes de sequestro, estupro, ocultação de cadáver, homicídio por motivo torpe e feminicídio. A pena pode chegar aos 48 anos de prisão.
Segundo o site Ne10, o corpo de Maria Alice Seabra deve ser sepultado na manhã desta sexta-feira (26), às 8h30, no Cemitério de Santo Amaro, no Centro do Recife, onde a família tem um túmulo próprio. Não deverá ser realizado velório por causa do estado em que está o corpo.