Uma paciente morreu depois que um segurança, que já havia trabalhado em hospital de Lahore (Paquistão), fingiu ser médico e fez uma cirurgia nela, disse a polícia local na segunda-feira (7/6). Shameema Begum, de 80 anos, morreu no último domingo (7/6), duas semanas depois da cirurgia.
“Não podemos acompanhar o que cada médico e o que todos estão fazendo o tempo todo. É um hospital grande”, explicou à agência France Presse um funcionário administrativo do Hospital Mayo, de Lahore, que não quis ser identificado.
Ele disse que não está claro que tipo de cirurgia o impostor, identificado como Muhammad Waheed Butt, fez na sala de operações, onde um técnico qualificado também estava presente.
Apesar de públicos, hospitais no Paquistão, geralmente ineficientes e caóticos, costumam cobrar por cirurgias e tratamentos. Isso atrai golpistas.
A família de Shameema pagou Butt pela operação e mais duas visitas domiciliares para fechar a ferida decorrente da cirurgia.
Mas quando o sangramento e a dor pioraram, sua família a levou de volta ao hospital, onde descobriram o que havia acontecido.
O corpo passará por autópsia para determinar se sua morte foi resultado de complicações da cirurgia malsucedida.
“O segurança foi acusado e está sob custódia policial”, disse o porta-voz da polícia de Lahore, Ali Safdar, à AFP. “Butt se passou por um médico e fez visitas domiciliares a outros pacientes no passado também”, acrescentou.
A equipe do Hospital Mayo disse que Butt foi demitido há dois anos por tentar extorquir dinheiro dos pacientes.
O caso não é isolado no país. Em 2016, foi revelado que uma mulher se passando por neurocirurgiã conduziu operações por oito meses ao lado de médicos qualificados no Hospital de Serviços de Lahore, a segunda maior unidade de saúde do Paquistão.