Uma paciente branca foi presa após recusar ser atendida por uma funcionária negra de uma clínica em Sorocaba (SP). Câmeras de monitoramento do local registraram a discussão.
A racista estava de jejum e teria se exaltado por conta da demora para ser chamada. A atendente se ofereceu para fazer a coleta do material, mas a mulher se recusou, alegando que a trabalhadora era “grosseira” e “estava nervosa”.
Uma segunda funcionária, também negra, foi chamada para atender a paciente, que recusou novamente e exigiu a presença do responsável pela clínica. Pessoas que estavam no local se revoltaram com o comportamento, apontando racismo nas ações.
O boletim de ocorrência menciona que a vítima foi submetida a “constrangimento, humilhação e vergonha diante dos demais funcionários e pacientes que lá se encontravam, isso em razão da sua cor”. A racista, ainda segundo o documento, apontou que ela apontou para que uma funcionária branca fizesse a coleta.
O boletim também cita que a filha da paciente “se ajoelhou” em frente à vítima, dizendo que a mãe não cometeu racismo e que a “perdoasse”. Depois, ainda perguntou a outra funcionária “o que é, de fato, racismo”, dizendo que a mãe não mencionou nenhuma palavra ofensiva ou discriminatória.
A polícia foi acionada pelas pessoas que estavam na clínica e a cliente foi presa em flagrante, sendo levada à delegacia. Ela foi indiciada por injúria racial e liberada com o compromisso de comparecer em juízo.