O sócio da indústria de alimentos Keleck, Roberto Valle Rollemberg Filho, 45, foi vítima de tentativa de extorsão na sexta-feira de carnaval (22). O Empresário recebeu algumas ligações telefônicas o ameaçando, pedindo o valor de R$ 7.000,00.
Além de ligações telefônicas os autores também ameaçaram a vítima enviando através de um moto-taxi uma caixa de sapato contendo um bilhete para os donos e gerentes da empresa com os seguintes dizeres: “…estou deixando este bilhete para ficar claro que estou conversando sério, caso vocês tenha alguma dúvida (pague pra ver), não é o primeiro pacote que pego nas mãos que está com esses problemas (peso inferior ao especificado na embalagem), fora de peso e sem data de fabricação e validade, fiquei impressionado como vocês são abusados. Então tomei uma decisão, acabar com essa brincadeira de peixe grande…”.
Após receber o bilhete por volta das dez horas da manhã, Rollemberg recebeu outra ligação telefônica dizendo que não era para a vítima denunciar o fato a Polícia. Os autores, afirmavam nas ameaças que iriam denunciar a Keleck junto ao INMETRO, Procon e Ipen, caso não depositasse a quantia exigida.
Após as ameaças o diretor da Industria de Alimentos comunicou o fato a Polícia que assumiu o caso e chegaram a identificação e autuação dos infratores. Três pessoas foram autuados pelos investigadores do 2º DP e da DIG: F.B.F., 19 anos, empacotador, funcionário da Kelec, o estudante R.L.S., 20 anos e E.C.D.R., 20 anos.
Segundo os interrogatórios F.B.F. e R.L.S., queriam “zuar” com os diretores da empresa, pois o funcionário F.B.F., estava descontente com redução de seus salário, e que não pensavam na “parada de dinheiro”.
Já E.C.D.R. foi procurado pelos outros comparsas para emprestar sua conta corrente, onde seria depositado o dinheiro da tentativa de extorsão. E.C.D.R. declarou a policia que os dois não revelaram a ele o a tentativa do golpe.
F.B.F., disse que como era empacotador dos salgadinhos fraudou algumas embalagens sem as informações necessárias, peso, data de validade, etc… e comprou essas embalagens e repassou ao comparsa R.L.S. que tratou de iniciar a extorsão aos diretores da empresa.
A vítima não efetuou o depósito do dinheiro solicitado pelos infratores.
A DIG de Jales abrirá inquérito policial e os três envolvidos serão indiciados no artigo 158 do código penal, crime de extorsão e poderão pegar de 4 a 10 anos de reclusão se condenados pela justiça.
