Diversos estados do Brasil estão em estado e alerta com a seca que já dura meses. Houve uma redução em áreas de seca extrema em agosto, mas o fenômeno tem se intensificado em regiões como Mato Grosso, Acre e Amazonas. A previsão é que alguns locais sofram com o aumento da conta de energia e até racionamento de água.
Cerca de 200 cidades estão em situação de seca extrema, segundo o Índice Integrado de Seca (IIS3) do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). São Paulo é o estado mais afetado, com 82 municípios na condição.
Na sequência, aparecem Minas Gerais (52), Mato Grosso (24), Goiás (12) e Mato Grosso do Sul (8). Áreas indígenas também foram afetados pela seca, com 45 territórios em condições extremas.
O relatório do Cemaden prevê uma situação pior em setembro, com um agravamento das condições no Amazonas, Mato Grosso e Goiás. A Bacia do Rio Paraná deve ter uma situação crítica, com seca severa ou extrema, de acordo com o Índice Integrado de Seca.
Além da conta mais cara, outro impacto da seca é a produção agrícola, que já sofreu impactos em agosto. Cerca de 963 municípios tiveram mais de 80% de suas áreas afetadas, o que pode elevar os custos de alimentos. As condições prejudicaram principalmente as áreas de pastagens.
Mesmo com o início da primavera, que marca uma transição para um período chuvoso, a tendência é de um tempo ainda mais seco na estação. O tempo afetará ainda mais os reservatórios de água, que estão em níveis críticos.