O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, nesta terça-feira (23), a Operação Urutau, concluindo uma investigação contra organização criminosa constituída para fraudar licitações e contratações públicas relativas a serviços de publicações de atos oficiais em imprensa especializada e de grande circulação com inúmeros municípios paulistas, além de diversos municípios localizados em outros Estados da Federação.
Os principais alvos do grupo criminoso eram prefeituras de pequenas cidades. Apenas no Estado de São Paulo, segundo dados do Portal da Transparência do Tribunal de Contas do Estado, ao menos 81 municípios contrataram com empresas de fachada controladas pelo grupo criminoso. Além disso, identificou-se atuação do grupo criminoso em vários em Tocantins, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, Minas Gerais, Pernambuco e na Paraíba, entre outros Estados.
No total, foram expedidos nove mandados de busca e quatro de prisões temporárias, cumpridos em Ribeirão Preto.
A pedido do Gaeco, o juízo da 5ª Vara Criminal de Ribeirão Preto (SP) determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 4 milhões dos investigados e empresas usadas nos esquemas, o sequestro de um imóvel, um automóvel e de aplicações financeiras. Também foi determinada a suspensão das atividades das empresas e de vários contratos ativos com diversas prefeituras diversas.
A Força-Tarefa, coordenada pelo MPSP, contou com o apoio da Polícia Militar de São Paulo.