O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Rio Preto cumpriu nesta terça-feira (08) mandado de busca e apreensão em uma casa no condomínio Damha 5.
A ação contou com o apoio da Polícia Militar e tem relação com a “Operação Blackmail”, desencadeada pelo Ministério Público de Joinville, em Santa Catarina, para desmantelar uma organização criminosa que cobrava vantagem indevida de comerciantes da cidade catarinense e também para combater tráfico de influência e lavagem de dinheiro, praticados por políticos.
Os documentos apreendidos em Rio Preto teriam ligação com o ex-vereador de Joinville, Juarez Nicásio Pereira, que também foi detido durante a operação. O morador do imóvel não teve o nome revelado e não foi detido. Os documentos recolhidos na residência já foram enviados para Santa Catarina.
Segundo o Gaeco, a investigação apura a existência de uma organização criminosa que cobrava vantagem indevida de empresários relacionada a atividades de fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente de Joinville (SEMA), ou obrigava a contratação de serviços prestados por componentes do grupo criminoso. Se as exigências não fossem atendidas, os comerciantes poderiam responder a processos administrativos, criados como forma de retaliação. Um fiscal da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), e o atual vereador João Carlos Gonçalves (PMDB) estão entre os detidos.
O nome da operação, “BLACKMAIL”, é uma expressão inglesa que significa chantagem. Nos próximos dias, comerciantes que teriam sido alvos da organização criminosa serão ouvidos pelo Ministério Público de Santa Catarina.
A Prefeitura de Joinville emitiu uma nota em que afirma que recebeu denúncias contra um fiscal, as levou à Polícia Civil e tem acompanhado as investigações.
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