O grupo Movimento Palmeiras Responsável, que faz oposição à gestão de Maurício Galiotte no clube, divulgou nesta quinta-feira manifesto no qual condena a aprovação, na noite da última segunda-feira, da chamada “emenda Leila”, como ficou conhecida a mudança estatutária que amplia de dois para três anos o tempo de mandato presidencial.
As mudanças aprovadas pelo Conselho Deliberativo palmeirense já podem valer para o próximo pleito, marcado para novembro, desde que sejam ratificadas em assembleia de sócios por maioria simples de votos. E é justamente aos associados que os oposicionistas apelam agora para impedir que a alteração seja ratificada. Para a novidade ser descartada, serão necessários dois terços dos votos dos associados.
“Como pudemos destacar em notas anteriores, o Movimento Palmeiras Responsável reforça seu posicionamento contrário à esta alteração que beneficia diretamente a atual gestão e criou um racha no clube. Ainda há tempo de barrá-lo: a matéria terá que ser aprovada em Assembleia Geral dos sócios nas próximas semanas, com maioria simples de votos”, diz o grupo, no manifesto.
A alteração no estatuto ganhou o apelido de “emenda Leila” por abrir brecha para a empresária e patrocinadora do clube se candidatar a 2021. Eleita conselheira do Palmeiras pela primeira vez em fevereiro de 2017, ela precisa cumprir o requisito de estar no segundo mandato neste cargo para poder pleitear o comando do clube. Essa obrigação estará cumprida no início de 2021, meses antes da eleição presidencial.
“Reforçamos nosso entendimento de que os interesses do Palmeiras foram colocados em segundo plano por quem está no poder. Prova disso é conferir como votou o atual mandatário, legislando em causa própria. Isso não é saudável nem contribui para a pacificação do clube”, diz o manifesto.
“À toda coletividade palmeirense clamamos atenção e serenidade na avaliação do que aconteceu. Aos sócios em especial, convidamos para uma profunda reflexão antes da votação em Assembleia Geral e que se mobilizem na campanha pelo NÃO.”