Votuporanga está preocupada com a população de moradores de rua. Uma operação conjunta envolvendo representantes de diversos segmentos sociais de Votuporanga recolheu nove moradores de rua, em dois dias.
A ação foi liderada pela Prefeitura de Votuporanga, por meio das Secretarias de Saúde e Assistência Social, com apoio das Polícias Civil e Militar, Promotoria Pública, Câmara Municipal, Conseg (Conselho Municipal de Segurança), Comad (Conselho Municipal Contra Álcool e Drogas), Paróquia Nossa Senhora Aparecida e Casa Abrigo “Irmão de Emaús”.
A maioria dos mendigos estava alojada na Praça Central “Fernando Costa”, o que gerava descontentamento por parte de algumas pessoas que transitavam diariamente pelo local.
Durante o trabalho da equipe nove pessoas foram retiradas das ruas para tratamento contra álcool e/ou drogas em comunidade terapêuticas e clínicas de recuperação da região com a autorização das famílias e amparo legal da Promotoria. Três cidadãos foram encaminhados para sua cidade de origem.
Atuantes
A aglomeração da população de rua na Praça da Matriz de Votuporanga tem preocupado os órgãos responsáveis pelo acolhimento destas pessoas. Amélia Marques Nunes (Amelinha), assistente social da Comunidade Assistencial irmãos de Emaús, conhecida como Casa Abrigo, explicou que tanto a entidade como outros órgãos do município estão atuantes e buscam soluções para este problema, que depende da vontade de quem está na rua.
Amelinha contou que pessoas, grande maioria com problemas com o uso de bebida alcoólica, se aglomeram na Praça há algum tempo e começaram a incomodar abordando quem passa pelo local. “Alguns não aceitam não como resposta e começam a ameaçar. Eles dormem lá, sujam a praça e fazem suas necessidades fisiológicas por lá”, contou.
Essa sujeira na Praça e a abordagem têm gerado denúncias. Algumas pessoas procuram a Casa Abrigo pedindo providências.
Como estas pessoas adotaram a praça como moradia, dominando o território e ameando quem passa, elas tiram o direito de ir e vir dos moradores da cidade. “Isso não pode acontecer”. (Colaborou Andressa Aoki)