O caso corre em segredo de Justiça, o que dificulta o acesso às informações mais recentes do processo que tramita no Fórum de Ribeirão Preto. A psicóloga e empresária Marta Silene Zuin Colassiol e sua secretária, Mônica Aparecida Bertão dos Santos, apontada como “sócia” de Colassiol na empresa Persona Capacitação, foram presas em Fernandópolis no dia 16 de junho de 2015, há exatos 8 meses.
A dupla é acusada de participar de um esquema, desbancado pelo Gaeco e Polícia Civil, que direcionava a escolha de empresas vencedoras de licitações, bem como alterava gabaritos e nomes de candidatos aprovados em concursos públicos e processos seletivos de Câmaras Municipais e Prefeituras em mais de 30 cidades do interior de São Paulo.
A Polícia encontrou evidências de que a quadrilha levava vantagem política com as fraudes. Provas não eram manipuladas só para favorecer alguns candidatos, mas também para eliminar outros. Anotações apreendidas comprovariam que as empresas que realizavam o concurso ou processo seletivo anotavam nomes de candidatos que deveriam ter pontuação acrescida, e nomes de candidatos que tiveram sua pontuação subtraída da verdadeira. Os gabaritos eram alterados conforme os acordos com políticos – prefeitos e vereadores.
As fraudes em licitações teriam desviado cerca de R$ 2,5 milhões dos cofres públicos. Relatório referente ao bloqueio de bens dos principais investigados no esquema de fraudes indica a compra de imóveis para lavagem de dinheiro pela quadrilha. As investigações apontam também possível ligação com “caixa 2” de campanhas eleitorais em diversas cidades paulistas.
De acordo com apuração da Reportagem de “O Extra.net”, uma audiência é aguardada para as próximas semanas quando a Justiça, mais precisamente a 3ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, deverá decretar a absolvição ou as penas que os envolvidos nas fraudes em concursos públicos terão que cumprir.
João Leonel-O Extra.net