A Operação QI, deflagrada pelo Gaeco e Polícia Civil de Ribeirão Preto em junho do ano passado, ainda está em andamento.
Fraudes foram comprovadas, tanto em licitações para processos seletivos quanto em concursos públicos, nas cidades de Santa Ernestina, Ipuã, Monte Alto, Jaboticabal, Serra Azul, Valentim Gentil, Motuca, Miguelópolis e Luiz Antônio. Em algumas cidades, os esquemas visavam cargos no Executivo, em outras, cargos no Legislativo. Neste período de 8 meses, foi instaurado o primeiro processo, que tramita na 3ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, com audiência marcada para o próximo
dia 11 de março. Nesta data, algumas das primeiras sentenças poderão ser decretadas.
Como réus neste processo, e mantidos presos em Penitenciárias de São Paulo, figuram a psicóloga e empresária fernandopolense, Marta Colassiol, e sua sócia, Mônica Bertão, também de Fernandópolis, que operavam as empresas Persona Capacitação e “Mérito, Gestão e Concursos”; a ex-vereadora da cidade de Pradópolis/SP, Marlene Aparecida Galiaso, conhecida como “Marlene da Prefeitura”, e seu filho, Rafael Galiaso de Almeida; e o advogado Fernando Pereira Bromonschenkel.
O empresário Victor Toyoji Nozaki, que possui, entre outras, a empresa Oregon, continua foragido. Estes 6 indiciados são considerados os “cabeças” do esquema. Outras 7 pessoas, todos agentes públicos, presas pela Operação QI foram liberadas, mas o Gaeco recorreu contra a soltura dos investigados. Os crimes cometidos pelo grupo, enquadrado como “organização criminosa”, são de falsificação de documentos públicos, fraudes em licitações, fraudes em concursos públicos e corrupção.
As penas individuais devem ser altas, pois há indícios de fraudes em diversos outros certames no período de 2011 a 2015, o que acarretará a instauração de novos processos ao longo das investigações, que não têm prazo para serem finalizadas.
INDENIZAÇÕES
Os bens dos envolvidos, carros, demais veículos, imóveis e aplicações bancárias estão bloqueados, pois haverá, além das penas e multas, determinações de devolução de recursos ao erário público e indenizações. Se soltos, os envolvidos “terão dor de cabeça para o resto da vida”, afirmam profissionais do Direito.
“Da mesma forma que prejudicaram milhares de pessoas, terão que pagar pelos crimes cometidos”.
João Leonel-O Extra.net