

A Polícia Civil prendeu dois homens suspeitos de integrar uma organização criminosa que oferecia cursos para estelionatários, em operações realizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (28).


Os presos, de 21 e 20 anos, são acusados de causar prejuízos a dezenas de vítimas nas regiões de São José do Rio Preto e Araçatuba (SP). As investigações começaram após três vítimas registrarem boletim de ocorrência.
O primeiro suspeito, conhecido como “Malvadão”, era o programador da quadrilha, responsável por criar e manter ferramentas tecnológicas para fraudes eletrônicas, clonagem de cartões de crédito, venda de dados e ataques a sistemas de segurança digital. Ele foi preso no Rio de Janeiro e tentou destruir um celular durante a abordagem.
O segundo suspeito, conhecido como “Fusão”, já havia sido preso em 2023 por invadir sistemas governamentais e usar dados bancários das vítimas. Ele é apontado como um dos principais fornecedores de cartões para a organização criminosa e foi preso em São Paulo.
A operação, denominada “Shadow Hacker”, teve início em dezembro de 2024, com a prisão do líder da organização, Paulo César Gomes da Silva Dutra, conhecido como “Banucha”. Ele era responsável por treinar, dar suporte técnico e recrutar novos membros para o grupo, que operava um site ilegal chamado “Brasil Store”.
O site oferecia acesso a informações sigilosas para a prática de golpes, como abertura de contas bancárias e compras online em nome de outras pessoas. O portal foi retirado do ar durante a primeira fase da operação.
A defesa de “Banucha” afirma que as acusações são infundadas e que ele é primário, sem antecedentes criminais, e está à disposição da Justiça.
