Grupo de Operações Especiais (Goe) e a Polícia Civil de Rio Preto desmontaram ontem à tarde uma central do jogo do bicho que funcionava em uma casa na rua Maria Agreli Tambury, no Jardim Alto Alegre.
O imóvel fica localizado a cerca de dez quadras da sede da Polícia Federal e a sete quadras do 3º Distrito Policial. Quatro pessoas estavam no imóvel no momento do flagrante e foram encaminhadas para a Central de Flagrantes.
De acordo com o delegado Paulo Grecco, todas as apostas do jogo do bicho em Rio Preto e até em cidades da região eram levadas para aquele endereço. “Eles atuavam nesse local há pelo menos um ano. A movimentação mensal deles era em torno de R$ 200 mil”, diz. Um relatório encontrado na casa mostrava que a movimentação do mês de maio deste ano foi de R$ 140 mil.
No local foram encontradas aproximadamente dez caixas com talões de apostas, cerca de 30 máquinas de cartão próprias para as apostas (com débito direto em uma central mantida pelos banqueiros), além de uma pequena quantia em dinheiro. O valor apreendido ainda não havia sido contabilizado pela polícia até o fechamento desta edição.
Além das apostas feitas por cambistas em diversos pontos da cidade, a casa também recebia apostas feita por fax. Quatro aparelhos ficavam instalados em uma sala do imóvel para essa prática. “Pelas contas telefônicas encontradas, vemos que tinha apostas de cidades próximas, como Monte Aprazível”, afirma Grecco.
As quatro pessoas que estavam na casa no momento da chegada da polícia – dois homens M.C.O.G., 46 anos, P.H.G.J., 26 anos, e duas mulheres A.M., 33 anos e R.A.B., 52 anos, – foram levados para a Central de Flagrantes e responderão por contravenção (jogo de azar). A pena varia de três meses a um ano de prisão. Eles serão investigados ainda por formação de quadrilha e sonegação fiscal.
A polícia chegou até o local de posse de um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça por volta das 17 horas. Ainda segundo a Polícia Civil, as investigações, iniciadas há um mês, continuam.
“Agora vamos tentar levantar da onde o dinheiro vinha e para onde ele era encaminhado”, diz o delegado Seccional José Mauro Venturelli.