A Operação Guardiões da Amazônia, destinada a vistoriar madeireiras no município de Tailândia (PA), terá continuidade, apesar da manifestação de pessoas contrárias à fiscalização, ocorrida ontem (19), que interrompeu os trabalhos.
A garantia foi feita pelo diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama), Flávio Montiel, em nota divulgada ontem. Durante o protesto, fiscais do governo do Pará e do Ibama foram cercados por aproximadamente 2 mil pessoas, segundo informações do instituto.
O grupo também teria tentado invadir uma das serrarias da cidade para atear fogo a um caminhão que retirava a madeira apreendida na fiscalização. De acordo com o Ibama, funcionários de carvoarias e serrarias da cidade se revoltaram porque foram ameaçados de demissão caso a fiscalização atuasse nas empresas em que trabalham.
A Operação Guardiões da Amazônia começou a fiscalização na semana passada em Tailândia. Cerca de 130 servidores do Ibama e do governo do estado participam da ação. Das cerca de 140 serrarias de Tailândia, dez já foram fiscalizadas e cinco multadas por terem em estoque madeira sem origem comprovada e por comércio de madeira sem autorização.
Dos mais de 20 mil metros cúbicos de madeira vistoriados, 13 mil foram apreendidos, um volume equivalente a 640 caminhões. As multas aplicadas já somam mais de R$ 1,5 milhão, de acordo com o Ibama.