A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (28), a Operação “Peixe Grande”, que visa combater a comercialização de ouro extraído ilegalmente por garimpeiros na região da Terra Indígena Sararé (MT).
Em São José do Rio Preto (SP), três mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos bairros João Paulo II e Jaguaré, na região norte da cidade – em um desses locais funciona uma fábrica de joias. Celulares e computadores foram apreendidos.
De acordo com a PF, o núcleo da organização criminosa é investigado por extração ilegal de ouro, usurpação de matéria-prima pertencente à União Federal e sua comercialização irregular no mercado, inclusive com remessa do minério ao Estado de São Paulo.
Além de Rio Preto, os policiais também cumprem outros mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão nas cidades de Pontes de Lacerda e Confresa, em Mato Grosso.
As investigações decorrem de informações obtidas na “Operação Rainha do Sararé”, deflagrada em agosto de 2022. Segundo a análise dos dados financeiros, no período de menos de três anos foram identificadas mais de R$ 47 milhões em movimentações suspeitas, fragmentadas em inúmeras transações, a fim de ludibriar a fiscalização realizada pelo COAF.
Parte dos alvos da operação policial é constituída por proprietários ou sócios de empresas dedicadas à comercialização de metais preciosos, os quais se aproveitam de suas atividades lícitas para “esquentar” o minério precioso extraído ilegalmente da Terra Indígena Sararé, situada no município de Pontes e Lacerda (MT).
A ação policial tem a finalidade de descapitalizar a organização criminosa investigada, cessando as atividades criminosas direta e indiretamente financiadas pela extração ilegal de ouro, como a degradação ambiental e os danos sociais e humanitários às populações da região.