A Polícia Federal cumpriu, na manhã da quinta-feira (2), um mandado de busca e apreensão em Rio Preto durante a deflagração da ‘Operação Ganges’ que tem o intuito de desarticular uma organização criminosa que nos últimos três anos teria movimentado R$ 50 milhões com o tráfico internacional de pessoas e a migração ilegal.
De acordo com a PF, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal de Roraima, nos quais quatro foram em Boa Vista (RR), um em Tabatinga (AM), dois foram em Manaus (AM), dois em Rio Branco (AC), três em São Paulo (SP) e um em São José do Rio Preto.
A investigação foi iniciada com a prisão em flagrante de um cidadão bengalês, frente aos indícios de sua participação em organização criminosa, cuja atividade seria voltada à promoção de migração ilegal de bengaleses e outros indivíduos do Oriente Médio em território nacional.
O suposto chefe do esquema criminoso teve sua prisão decretada pela 4ª Vara da justiça Federal em Roraima e, por não ter sido encontrado no país, em agosto de 2021, foi determinada a inserção de seu nome na Difusão Vermelha da Interpol, o que culminou em sua recente prisão na Colômbia, seguindo-se o processo de extradição para o Brasil.
A investigação demonstrou que a organização criminosa cobrava até 20 mil dólares para trazer estrangeiros do Oriente Médio até ao Brasil, retendo seus documentos pessoais e mantendo-os em cárcere privado no país, em razão do não pagamento de taxas extras durante a viagem.
As vítimas eram coagidas a prestar falsa notícia de perda da documentação perante a Polícia Civil de Roraima. Assim como estariam sendo privados de alimentos e de contato com o mundo exterior. Ainda foi constatado que a organização atua em Bangladesh, Suriname, Guiana e Brasil.
