Nesta quinta-feira (3), a Secretaria de Segurança Pública do Estado deflagrou uma operação para combater fraudes e o uso indevido de bilhetes eletrônicos de transporte. As atividades resultaram em 29 pessoas detidas e mais de 1,2 mil cartões apreendidos.
“Há dois meses, nós nos reunimos com representantes das polícias para discutir a ação e, após dez dias de diligências e serviço de inteligência para identificar o grupo, os policiais foram a campo”, explica o 1º tenente Diego Franchi Lemes, do 7º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep).
Abrangência
A ação contou com o empenho de cerca de 80 policiais e 20 viaturas. A iniciativa foi realizada de forma simultânea em quatro grandes terminais de transporte público da capital e Grande São Paulo: Armênia, Perus, Carapicuíba e Santo André.
Durante os trabalhos, as equipes identificaram um veículo que fazia o transporte dos cartões. Além disso, os policiais também descobriram uma casa na região de Perus que servia como quartel para praticar as fraudes.
Os fraudadores inseriam os créditos irregulares em cartões ilegais e compravam bilhetes de terceiros para uso indevido. Eles se posicionavam perto das catracas nas estações e janelas de ônibus e, desta forma, ofereciam o uso do bilhete irregular por um valor menor do que a tarifa.
As polícias detiveram 29 pessoas durante a operação – entre eles, dois adolescentes. Quatro notebooks, 1.255 cartões, oito celulares, cerca de R$ 4 mil e um caderno com anotações relacionadas ao esquema também foram apreendidos.
Investigação
Os detidos foram encaminhados para a sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na capital, e às unidades da seccional de Carapicuíba e a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Santo André.
“Estamos realizando oitivas com apoio de técnicos da SPTrans para confirmar se esses cartões possuem créditos fraudados”, salienta o delegado Carlos Henrique Ruiz, titular da 4ª Delegacia de Investigações sobre Fraudes Patrimoniais Praticadas por Meios Eletrônicos.
“Caso seja comprovado o crime, os envolvidos poderão ser autuados por estelionato, associação criminosa e organização criminosa”, acrescenta o delegado. As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos, além de compradores e beneficiários.