A Polícia Federal no Tocantins deflagrou hoje (28) a operação Midas, visando combater o comércio ilegal de ouro no Estado do Tocantins.
Foram empregados 163 policiais federais para o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Nacional, Natividade, Conceição do Tocantins (TO), Goiânia, Uruaçu (GO), Londrina (PR) e Caxias (RS), expedidos pela Justiça Federal de Gurupi (TO).
No Estado de SP, estabelecimentos em São José do Rio Preto e Ribeirão Preto são alvos dos policiais.
A operação tem como objetivo robustecer o conjunto probatório já existente, assim como combater o comércio ilegal de ouro na região de Natividade no Tocantins, recuperar o ouro extraído ilegalmente e os valores obtidos com o crime.
Conforme indicaram as investigações, pessoas residentes em outras unidades da federação compraram ouro de garimpeiros ilegais da região de Natividade, pagando valores menores que o praticado no mercado e sem a devida certificação.
Os envolvidos poderão responder pelo crime de receptação e/ou comercio ilegal de ouro. O nome da operação remete ao personagem da mitologia grega que transformava tudo que tocava em ouro.
LAVAGEM DE DINHEIRO
Hoje a Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram também a Operação Lavagem de Ouro, para coibir a lavagem de dinheiro por parte de organização com atuação na extração e comércio ilegais de ouro.
A partir de representação da Polícia Federal, foram expedidos 52 mandados de busca e apreensão pela Justiça Federal em São Paulo, para endereços relacionados aos líderes do grupo investigado e aos principais intermediários atuantes na lavagem de ativos.
Os mandados foram cumpridos em nove estados da federação (São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Pará, Paraná, Paraíba, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rondônia), mais o distrito federal, com a participação de 208 policiais federais e 14 auditores da Receita Federal. Além disso, a Justiça Federal determinou o bloqueio de contas de 40 investigados, no valor de até 614 milhões de reais.
Foram aprendidos, até o momento, aparelhos de telefonia móvel e computadores dos investigados, documentos relacionados ao comércio ilegal de ouro, além de ouro em diversos endereços.