Nas primeiras horas do dia desta quinta-feira (7), a Polícia Civil de Rio Preto deflagrou uma operação para combater o crime de estelionato praticados contra consumidores em sites de compra e venda.
A operação mira uma organização criminosa que age em pelo menos seis estados brasileiros. Até o momento 12 pessoas já foram presas. 28 mandados foram cumpridos entre eles mandados de prisão, busca e apreensão, bloqueio de contas bancárias e de bens . Os mandados foram cumpridos em Mato Grosso, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia, e contam com apoio das polícias civis dos respectivos estados. As prisões ocorreram em Catanduva (SP, Várzea grande (MT) e Balneário Cambuiú (SC). A polícia apreendeu, armas, munição, dinheiro, veículos, incluindo um motorhome, documentos e anotações e celulares.
O setor de investigação da Polícia Civil das delegacias do 1º, 2º e 5º DP de Rio Preto está a frente da operação em conjunto com a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). A operação recebeu o nome de Resarcire.
Os mandados incluem cinco prisões preventivas, oito prisões temporárias, 15 mandados de buscas e apreensões e ainda o sequestro de bens móveis e bloqueio de contas. Um dos bens bloqueados é uma casa avaliada em meio milhão de reais.
As investigações efetuadas pelo Núcleo da Polícia Judiciária do 1º, 2º e .5 DP de Rio Preto e pela GCCO de Cuiabá (MT) identificaram uma organização criminosa que se especializou em golpes de estelionato utilizando um site de compra e venda e também por meio da clonagem de anúncios. O prejuízo financeiro das vítimas é estimado em, aproximadamente, R$ 400 mil em um período de apenas três meses.
A investigação que começou há dois anos apura os crimes de organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro. Além tentar acabar com as atividades do grupo criminoso e impedi-los de fazer novas vítimas, o objetivo da operação é também apreender a maior quantidade de bens e valores em posse dos investigados, para o ressarcimento do prejuízo causado, daí o nome Resarcire, que significa ressarcir em latim.
De acordo com o delegado titular da GCCO de Cuiabá, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira e Luciano Birolli, que coordena a operação em Rio Preto, os líderes da organização criminosa são de Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina. O trabalho de investigação constatou que esse grupo, composto por cinco pessoas, aplicava os golpes, criava os anúncios falsos e aliciava novos integrantes-correntistas para exercer a função de lavagem de dinheiro.As investigações também apontaram que os chhefes da quadrilha praticavam a lavagem de dinheiro aplicando os recursos financeiros obtidos com as fraudes no mercado imobiliário e também depositava os valores em contas correntes dos integrantes-correntistas da quadrilhas em diversos bancos.
Já os integrantes da organização que agiam como correntistas recebiam em suas contas bancárias os valores dos golpes aplicados, que eram transferidos pelas vítimas. Em contrapartida ficavam com 5% do valor sacado. “Esses investigados eram a base da estrutura da pirâmide da organização criminosa, dando sustentação para a organização criminosa e exercendo papel fundamental e indispensável para o sucesso nas empreitadas criminosas, sem as quais as aplicações dos golpes não se concretizariam”, explicou o delegado Vitor Hugo.
A Polícia Civil de Rio Preto marcou uma coletiva para atualizar os detalhes da operação.