A Organização Mundial da Saúde (MOS) confirmou hoje (21) em Genebra a existência do segundo caso de ebola em Serra Leoa, uma semana após ter declarado o fim da epidemia na África Ocidental.
Em declarações à agência EFE, o porta-voz da OMS, Gregory Hartl, confirmou o segundo caso em uma mulher, tia da que morreu no dia 15 deste mês – horas depois de a organização ter garantido o fim da epidemia -, e que cuidou da sobrinha nos primeiros dias da doença.
Segundo Hartl, a segunda pessoa infectada está isolada em um hospital e recebendo tratamento.
O porta-voz informou também que foram identificadas até agora 150 pessoas que tiveram contato com a mulher que morreu no último dia 15. Elas estão em observação para verificar se têm sintomas da doença.
A origem do novo foco ainda está sendo investigada, acrescentou Hartl, uma vez que Serra Leoa havia sido declarado “país livre de transmissão de ebola” em 7 de novembro de 2015, após superar uma epidemia que deixou cerca de 4 mil mortos.
Os três países mais afetados pela epidemia – a Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa – encontram-se na fase de “gestão de risco”, após as autoridades sanitárias terem cumprido a fase de “gestão de casos”, o que implica não baixar a guarda.
A epidemia de ebola na África Ocidental afetou 28.637 pessoas e causou a morte de 11.315.
Iniciada em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri, a epidemia propagou-se depois aos vizinhos Libéria e Serra Leoa, os três países que concentraram 99% dos casos, bem como à Nigéria e ao Mali.
A OMS admitiu que o balanço está subavaliado e advertiu que o risco persiste, já que o vírus permanece muitas vezes em certos líquidos do corpo de sobreviventes, principalmente no esperma, onde pode resistir até nove meses.
A Libéria foi o primeiro país a ser declarado “livre da transmissão” de ebola, em maio de 2015. Em Serra Leoa, essa declaração ocorreu em 7 de novembro do mesmo ano. Na Guiné-Conacri o anúncio foi feito em 29 de dezembro.