domingo, 24 de novembro de 2024
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OMS condena ataques a macacos em Rio Preto por medo de varíola

A Organização Mundial da Saúde (OMS) condenou nesta terça-feira (9) relatos de ataques contra primatas no Brasil devido ao medo de contágio pela varíola dos macacos, ou monkeypox. A entidade…

A Organização Mundial da Saúde (OMS) condenou nesta terça-feira (9) relatos de ataques contra primatas no Brasil devido ao medo de contágio pela varíola dos macacos, ou monkeypox. A entidade ressaltou que os surtos atuais se devem à transmissão de pessoa para pessoa.

“As pessoas têm que saber que a transmissão que estamos vendo agora é entre humanos e certamente não deveriam atacar os animais”, ressaltou Margaret Harris, porta-voz da OMS.

Segundo o G1, o aumento de casos da doença provocou uma onda de ataques a macacos no Brasil. O coordenador-geral da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres disse ao portal que casos de apedrejamento, perseguição e envenenamento foram registrados em vários lugares do país.

Em menos de uma semana, oito macacos foram resgatados em áreas de mata em São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, por exemplo, sendo que um deles estava morto, segundo o G1. Suspeita-se que os macacos tenham sido atacados após a confirmação de três casos de varíola dos macacos na cidade.

Até agora, o Brasil contabilizou mais de 2,2 mil casos da doença, segundo o Ministério da Saúde. São Paulo é o estado com mais infecções confirmadas. Uma morte relacionada à doença foi registrada.

Nesta terça-feira, o Centro de Operações de Emergência criado pelo Ministério da Saúde para monitorar a varíola dos macacos, o COE Monkeypox, determinou nível máximo de alerta no país. Tal nível indica um cenário de “excepcional gravidade” e admite a possibilidade de declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

Nome da doença

O termo varíola dos macacos passou a ser usado após a detecção do vírus em macacos num laboratório da Dinamarca em 1958, mas o patógeno também foi encontrado em outros animais, sobretudo roedores.

A doença foi identificada pela primeira vez no ser humano em 1970, na República Democrática do Congo, e é menos perigosa e menos contagiosa do que a varíola comum, erradicada em 1980.

O vírus pode ser transmitido de animais para humanos, mas a explosão recente de casos mundo afora se deve à transmissão entre pessoas, ressaltou Harris.

Segundo a OMS, a transmissão de pessoa para pessoa pode resultar do contato próximo com secreções respiratórias, lesões na pele de um infectado ou objetos recentemente contaminados ou por meio de gotículas respiratórias.

No fim de julho, a OMS declarou a varíola dos macacos uma emergência de saúde global. Desde maio, cerca de 90 países reportaram quase 30 mil casos da doença.

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