A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou hoje (1º) o fim da transmissão do vírus ebola na Guiné-Conacri, que entra agora em um período de 90 dias de “elevada vigilância”, informa comunicado da organização.
Depois de 42 dias (duas vezes o período máximo de incubação) sem um novo caso de ebola, a OMS elogiou “o governo da Guiné-Conacri e o seu povo” pela ação de combate à doença, ao declarar o seu fim.
“Temos de continuar vigilantes para garantir que são detectados rapidamente e combatidos quaisquer novos casos que possam ocorrer”, disse Abou Bekr Gaye, representante da OMS na Guiné-Conacri, citado no comunicado.
Segundo a agência das Nações Unidas, durante o último surto da doença no país, foram registrados sete casos confirmados e três prováveis de ebola, no período de 17 de março a 6 de abril. Mais três casos foram confirmados em uma mulher e seus dois filhos que viajaram da Guiné-Conacri para a Libéria.
A fonte de infecção do surto pode ter sido a exposição a secreções corporais de um sobrevivente de ebola, indica a OMS, adiantando que “existe o risco” de outros surtos com a mesma origem.
A epidemia de ebola na África Ocidental começou em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri e deixou mais de 11.300 mortos, principalmente neste país, em Serra Leoa e na Libéria.
No dia 29 de março, a OMS anunciou que a epidemia, a mais grave desde a identificação do vírus em 1976, já não representava uma “emergência de saúde pública de âmbito internacional”, como tinha declarado em agosto de 2014.