sábado, 21 de setembro de 2024
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Oito médicos da região podem acabar atrás das grades

O Ministério Público Federal de Jales pediu ontem à Justiça a prisão preventiva de oito médicos acusados de cobrar por consultas e cirurgias, que são custeadas pelo Sistema Único de…

O Ministério Público Federal de Jales pediu ontem à Justiça a prisão preventiva de oito médicos acusados de cobrar por consultas e cirurgias, que são custeadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o procurador da República Thiago Lacerda Nobre, que investiga o caso, além da cobrança indevida, os médicos Valdo Custódio Toledo, Emerson Algério de Toledo, Dalton Melo de Andrade, Luiz Gonzaga Mendes Vieira, Márcio Loes, Décio Ribeiro de Assunção Júnior, Vicente Cristiano Neto e Vicenzo Biagio Magliano realizavam laqueaduras durante os partos, o que é proibido por lei, e utilizavam as dependências de hospitais que não eram credenciados para esse tipo de serviço.

“A prisão preventiva tem como objetivo impedir que os médicos pratiquem novos crimes e garantir a segurança da população que necessita de atendimento médico”, disse o procurador. Emerson e Dalton já são réus em outras ações. Segundo denúncia do MPF, eles são acusados de crimes de concussão, estelionato, falsidade ideológica e aborto provocado por terceiro, sem consentimento da gestante.

De acordo com o Ministério Público Federal, Emerson e Dalton adiava os partos para dar tempo de a família conseguir o dinheiro para pagar a cesárea. Em dois casos, os bebês nasceram mortos porque suas mães não tinham dinheiro para pagar pelos partos. Eles cobravam em média R$ 1 mil e R$ 1,5 mil por cada cirurgia. Os médicos prestavam serviços em hospital de Jales, Urânia e Estrela d’Oeste.

No início deste ano, o MPF de Jales também denunciou Valdo pelos crimes de concussão e estelionato.

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