A interminável desigualdade social brasileira consegue ser maior ainda entre os bandidos, como, aliás, era de se esperar.
Bandido pobre sofre com superlotação dos presídios, abusos no trato dos parentes durante as visitas, atrasos gigantes no julgamento dos casos… E os bandidos ricos?
Estão reclamando do desconforto das tornozeleiras eletrônicas, coitados. São muito grandes, não podem ser usadas com alguns tipos de roupa como calças justas e botas e têm baterias com duração muito pequena. Sim, essas são demandas reais de executivos da Odebrecht, não é piada.
Um executivo da empresa que já está passando por isso fez o alerta e propôs até uma doação para melhorar os aparelhos, já que vários outros executivos, entre eles o patriarca Emílio Odebrecht e o filho, Marcelo, terão que usá-lo em breve depois do acordo de delação premiada, informa O Globo.
A sugestão, não aceita pelos procuradores, foi comprar um modelo de tornozeleira menor e com bateria mais poderosa. Quase aquele relógio da Apple. Chique, né? Descobriram isso depois de uma grande pesquisa que chegou a seis marcas, quatro dos Estados Unidos, uma da Suíça e a “escolhida”, de Hong Kong.