As ocorrências com escorpiões cresceram 24% em 2018 no estado de São Paulo em comparação com 2017, segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica da secretaria estadual de Saúde.
No ano passado, foram registrados 26,9 mil casos de ataque de escorpião e 12 mortes no estado de São Paulo. As regiões paulistas com maior número de ocorrências nesse período foram São José do Rio Preto, com 5 mil casos, e Araçatuba, com 4 mil.
Já em 2017, foram registrados 21,7 mil casos e 7 mortes e, em 2016, foram 18,8 mil casos e 5 óbitos.
São Paulo é o segundo estado com maior número de picadas, perdendo apenas para a Bahia, segundo o Ministério da Saúde. No Brasil todo, foram 91 mil pessoas picadas em 2016, contra mais de 141 mil em 2018.
No Instituto Butantan, em São Paulo, agentes de saúde estão sendo treinados para tentar impedir o avanço dos aracnídeos. A coordenadora do núcleo antivenenos do Instituto Butantan, Hui Wen, diz que o maior número de escorpiões se deve ao “aumento da temperatura global, além das condições de proliferação”, como lixos e entulhos.
“É necessário manter a casa sempre limpa, evitar madeira, tijolo, entulho e barata”, diz ela.
A Secretaria Municipal de Saúde disse que os moradores podem solicitar auxilio do programa de controle de escorpiões através do telefone 156.
Capital
Na cidade de São Paulo, acidentes envolvendo escorpiões cresceram 37% em 2018, no comparativo com o ano anterior, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde. Em 2017, a pasta registrou 218 casos. No ano passado, o número subiu para 298.
Este ano, até 15 de janeiro, a gestão municipal tinha contabilizado um caso a cada três dias. Não houve registro de óbitos em nenhum dos períodos.
Segundo a secretaria, o crescimento está associado ao aumento de temperatura e chuvas, principalmente durante a primavera e o verão, período de reprodução do animal.
Em São Paulo, o Hospital Vital Brasil, situado dentro do Instituto Butantan, na Zona Oeste, é a referência em casos de acidentes com animais peçonhentos. O atendimento funciona 24 horas.
Pirituba e Rio Pequeno, ambas na Zona Oeste, Cangaíba, na Zona Leste, e Brasilândia, na Zona Norte, são as regiões com maior incidência.