As obras de melhorias do aeroporto que poderão garantir voos comerciais para Fernandópolis devem começar ainda esse mês, de acordo com o cronograma do Programa de Investimentos em Logística para Aeroportos Regionais, do Governo Federal, que tem o intuito de colocá-lo em funcionamento até a Copa do Mundo do ano que vem. O evento está programado para começar no mês de junho.
O aeroporto de Fernandópolis está entre os 19 aeroportos regionais de São Paulo que receberão investimentos do Governo Federal. Em abril deste ano, o deputado federal Edinho Araújo (PMDB) levou a preocupação em ampliar os aeroportos da região ao ministro da Aviação Civil, Moreira Franco. Após o encontro, as cidades de Rio Preto, Araçatuba, Barretos e Fernandópolis foram incluídas no cronograma de obras.
“Levei ao ministro a preocupação com a ampliação de modernização dos aeroportos para atender aos grandes eventos previstos, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que certamente aumentarão o fluxo de turistas no Estado de São Paulo. E um bom transporte aéreo é fundamental para atender essa demanda e integrar as regiões do Estado”, explicou Edinho Araújo.
OFÍCIO
Em outubro, um ofício emitido pela secretária de Aviação Civil da Presidência da República à Prefeitura de Fernandópolis sinalizou o início dos aportes previstos no aeroporto.
No ofício, a secretaria de Aviação Civil identifica a necessidade, preliminar, de “construção de um novo terminal de passageiros para o aeródromo de Fernandópolis com o objetivo de promover em curto prazo, com conforto e segurança, serviços de qualidade aos usuários do sistema de aviação civil”.
Para isso foram feitos levantamentos e estudos da situação aeroportuária existente no aeródromo da cidade, com visitas que orientarão o futuro trabalho em campo.
Ainda no ofício, a pasta solicita a prefeitura, na qualidade de operador do aeroportuário, o envio de vários documentos, o que foi garantido pela secretaria de Desenvolvimento Sustentável em parceria com a administração do Aeroclube de Fernandópolis, presidido pelo empresário Orlando Carlos Grecco.
“As obras serão feitas por etapas. A primeira já está liberada, que é a estação de embarque. As próximas serão feitas de acordo com as determinações da secretaria de Aviação Civil. Tudo que está ao nosso alcance, em termos de aeroclube, estamos agilizando”, explicou Carlos Grecco, responsável pela parte técnica do projeto.
AVIAÇÃO REGIONAL
Para fortalecer e ampliar a malha de aeroportos regionais, o Governo Federal deverá investir R$ 7,3 bilhões na primeira etapa do plano de aviação regional. Serão contemplados nessa primeira fase 270 aeroportos regionais. No estado de São Paulo, 14 aeroportos serão beneficiados, dentre eles o de Fernandópolis.
As medidas permitirão aperfeiçoar a qualidade do serviço prestado ao passageiro, agregar novos aeroportos à rede de transporte aéreo regular e aumentar o número de rotas operadas pelas empresas aéreas.
O programa visa ampliar o acesso da população brasileira aos serviços aéreos. O objetivo, segundo o Governo Federal, é que 96% da população brasileira estejam a menos de 100 km de distância de um aeroporto apto ao recebimento de voos regulares.
Os projetos promoverão a melhoria, o reaparelhamento, a reforma e a expansão da infraestrutura aeroportuária, tanto em instalações físicas quanto em equipamentos. Os investimentos incluirão, por exemplo, reforma e construção de pistas, melhorias em terminais de passageiros, ampliação de pátios, revitalização de sinalizações e de pavimentos, entre outros. Os recursos virão do FNAC – Fundo Nacional de Aviação Civil.
Dentre os critérios para análise de relevância do aeródromo foram consideradas características como o volume de passageiros e de cargas, os voos regulares e os resultados operacionais.
Além disso, foram considerados aspectos socioeconômicos, o nível de acessibilidade na Amazônia Legal, o potencial turístico e de fomento da integração nacional. Além de investimentos em aeroportos em cidades de pequeno e médio porte, serão contempladas medidas de incentivo à aviação regional com foco na viabilização de rotas de baixa e média densidades de tráfego.
Os investimentos estão obedecendo as seguintes fases: diagnóstico da infraestrutura e da gestão dos aeródromos; elaboração do programa de necessidades de investimento e de projetos conceituais e termos de referência de equipamentos.
