quinta, 14 de novembro de 2024
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Obras nas estradas da região criam armadilhas e espalham perigo

Rodovias em obras que cortam a região de Rio Preto estão recheadas de armadilhas nos 356 quilômetros de estradas que estão em obras. A situação mais caótica está na rodovia…

Rodovias em obras que cortam a região de Rio Preto estão recheadas de armadilhas nos 356 quilômetros de estradas que estão em obras.

A situação mais caótica está na rodovia Euclides da Cunha (SP-320), em duplicação, onde houve um salto na média mensal de acidentes. Desde que a obra teve início, em novembro de 2010 até o dia primeiro de outubro a média mensal de acidentes passou de 53 em 2010 para 81 neste ano, crescimento de 34%. Na rodovia Assis Chateaubriand, SP-425, a média mensal teve pequena variação, de 11 para 12, entre 2011 e 2012.

Além da Euclides da Cunha e da Assis Chateaubriand, as máquinas podem ser vistas na Armando Salles de Oliveira (entre Bebedouro e Olímpia), na SP-304 (entre Novo Horizonte e José Bonifácio) e na rodovia Cezário José de Castilho (entre Novo Horizonte e Catanduva). A maioria dos trechos em obras não tem acostamento, está com a sinalização de solo confusa e com pouca visibilidade para os motoristas, possui uma grande quantidade de desvios, curvas perigosas, além da presença de muitos homens e máquinas na pista. O congestionamento é inevitável.

O montador Fernando Redigolo, 24 anos, que mora em Bálsamo, disse que com as obras na rodovia prefere utilizar as vicinais para se locomover em pequenos trechos e evitar os transtornos causados pelas obras, e o risco de acidentes. “Essa pista já era perigosa antes, quando era pista simples, agora, com esse monte de obra ficou ainda mais difícil passar por aqui”, afirma.

Redigolo porém, acredita que grande parte do aumento no número de acidentes se deve à imprudência dos motoristas que não respeitam a sinalização e a velocidade máxima. “Vemos todos os dias muitos motoristas passando aqui em alta velocidade. O condutor deve ter um pouco mais de cuidado, ainda mais sabendo que a pista está em obra”, diz.

A frentista Vera Lúcia Ribeiro, 39 anos, que trabalha em um posto de combustíveis em frente à rodovia, acredita que o grande fluxo de caminhões aumenta ainda mais o risco de acidentes. “Essa rodovia tem grande fluxo de veículos, principalmente caminhões carregados de cana e combustíveis, e isso aumenta ainda mais o perigo da estrada. Eu evito o máximo que posso passar por aqui”.

A polícia rodoviária estadual orienta para que os motoristas redobrem a atenção e respeitem a sinalização do local, principalment com relação ao limite de velocidade. “Para evitar acidentes basta que o motorista trafegue em velocidade compatível e de acordo com a sinalização, repeite a distância de segurança para o veículo que segue à frente, ultrapasse somente em locais permitidos e sempre sinalize previamente as manobras com sinais luminosos do veículo”, explica o comandante da PRE Fabiano Ferreira Nascimento.

Ainda de acordo com ele apesar do aumento no número de acidentes registrado nas rodovias que estão em obra, o número de autuações também cresceu, além do fluxo de veículos que cresce ano a ano. “O aumento do número de acidentes se deve em grande parte as obras de duplicação, porém, a imprudência do motorista também tem grande participação nisso. Em 2011 autuamos 698 motoristas, já em 2012, até ontem, foram registradas 708 multas por embriaguez ao volante”, diz Nascimento. O capitão diz ainda que os condutores devem ficar mais atentos durante os feriados, quando o movimento das vias triplica de volume.

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