Diversas obras para a Copa do Mundo de 2014 entraram na pauta das investigações da Operação Lava Jato por suspeita conta de pagamento de propina para que a construtora Andrade Gutierrez ficasse responsável pelas construções. A acusação é do ex-presidente da empreiteira, Otávio Azevedo, que citou as irregularidades em sua delação premiada à Justiça. As informações são da revista Veja.
Entre as obras mencionadas estão as construções dos estádios Mané Garrincha, em Brasília, e Maracanã, no Rio de Janeiro, além de vários outros contratos relativos ao Mundial de futebol no país. A construção da arena de Brasília foi a obra mais cara entre os estádios utilizados no Mundial no país, custando quase R$ 2 bilhões. Já o valor para a reforma do Maracanã superou R$ 1 bilhão.
Em seu depoimento, Azevedo cita “comissões” pagas a cinco ex-governadores de estados que receberam partidas da Copa-2014 para favorecer a Andrade Gutierrez nas obras: Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, ambos do Distrito Federal; Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro; e Eduardo Braga e Omar Aziz, ambos do Amazonas. Braga é o atual ministro de Minas e Energia do governo de Dilma Rousseff.
Por entregar os nomes dos envolvidos no pagamento de propina, que também envolve ministros como Ricardo Berzoini, da coordenação política, e Edinho Silva, da Comunicação Social, Azevedo foi transferido para a prisão domiciliar e a Andrade Gutierrez ainda aceitou devolver R$ 1 bilhão.